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Monitor de Secas é semifinalista do prêmio internacional Water ChangeMaker Awards
A Parceria Global pela Água (GWP na sigla em inglês) promove o Water ChangeMaker Awards, premiação que reconhece iniciativas de todo o mundo que promovem mudanças por meio das águas. Um dos trabalhos semifinalistas é o Monitor de Secas, trabalho de monitoramento do fenômeno em 18 estados e no Distrito Federal. A iniciativa é coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e conta com a parceria de mais de 40 instituições estaduais de recursos hídricos, clima e outras ligadas ao tema.
Na fase semifinal, o júri do Water ChangeMaker Awards selecionou 78 projetos desenvolvidos no Brasil e em outros 40 países: na África do Sul, Áustria, Bangladesh, Bolívia, Bulgária, Butão, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Egito, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Granada, Guatemala, Honduras, Índia, Indonésia, Israel, Itália, México, Moldávia, Nepal, Países Baixos, Panamá, Paquistão, Peru, Quênia, Reino Unido, Sri Lanka, Sudão, Tanzânia, Trinidad e Tobago, Tunísia, Uzbequistão e Zâmbia.
O anúncio dos finalistas está previsto para 21 de outubro e os vencedores serão conhecidos durante a 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), em Glasgow, Escócia, em data a ser definida em 2021.
O Monitor de Secas é realizado conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 18 estados e no Distrito Federal. O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e dessa rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões. O primeiro estado de fora do Nordeste a entrar no Mapa do Monitor foi Minas Gerais em novembro de 2018. No ano seguinte o Espírito Santo aderiu em maio e Tocantins entrou em dezembro. Em 2020, passaram a integrar o Mapa: Rio de Janeiro (maio), Goiás (junho), Distrito Federal (junho), Mato Grosso do Sul (julho), Paraná (agosto), Rio Grande do Sul (agosto) e Santa Catarina (agosto).
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até chegar a todas as unidades da Federação.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.