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Aplicativo mostra a situação do abastecimento de água e do esgotamento sanitário em todos os municípios
Já é de conhecimento público que o Brasil precisa melhorar os índices de saneamento. Em se tratando de esgotos, por exemplo, apenas 39% da carga orgânica produzida é removida das mais de nove mil toneladas de esgotos gerados pela população urbana diariamente no País. A novidade, porém, é que a partir de agora um novo aplicativo desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA) vai permitir que qualquer pessoa com um dispositivo móvel, smartphone ou tablet conectado à internet, conheça em detalhes a situação da coleta e do tratamento dos esgotos, do sistema produtor de água e do manancial que abastece sua cidade. Tudo isso com apenas dois cliques em seu celular.
O aplicativo Atlas Água e Esgoto é compatível com os sistemas Android e IOS e está disponível para download gratuito na Play Store e na App Store. A pesquisa pode ser iniciada pelas informações sobre esgoto ou sobre água. Para facilitar a navegação, quando o GPS do aparelho estiver ativado o app disponibiliza, a partir de um clique na guia “Visão Nacional”, a opção de acesso direto aos dados da cidade onde o usuário se encontra. Outra funcionalidade permite o compartilhamento das informações por meio de mídias sociais, como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Sobre a situação dos esgotos, o aplicativo apresenta dados municipais das populações atendidas com coleta e tratamento de esgotos, somente com coleta, sem nenhum dos dois serviços e por fossas sépticas, além da carga de esgotos gerada e a remanescente após o tratamento. Além disso, a ferramenta mostra qual é a capacidade de diluição do principal corpo d’água receptor de esgotos daquele município e o desenho do sistema atual de coleta e tratamento de esgotos da localidade, além das alternativas técnicas e investimentos necessários para assegurar a adequada coleta e tratamento de esgotos em cada município até 2035. Ao selecionar o município é possível ainda acessar o croqui (desenho esquemático) da situação existente e melhorias propostas para sistema de esgotamento sanitário, incluindo o caminho percorrido pelos esgotos, tratados ou não, até os corpos receptores.
“Colocar as informações na palma da mão das pessoas empodera a sociedade que pode reivindicar e mudar essa realidade. Além disso, o aplicativo tem um caráter educativo ao indicar os sistemas produtores e mananciais de abastecimento em cada município, já que provavelmente a maioria dos brasileiros não sabe de onde vem a água que consomem nas cidades” - Marcelo Cruz
Com relação ao abastecimento urbano de água, o aplicativo informa a avaliação da oferta e da demanda de água potável e a necessidade de investimentos para que cada município possa oferecer água suficiente para seus habitantes até 2025. O usuário também encontra imagens que ilustram os sistemas de abastecimento existentes e melhorias propostas pela ANA. Para o Nordeste, também está disponível o nível atual dos cerca de 500 reservatórios que a Agência Nacional de Águas monitora.
“Colocar as informações na palma da mão das pessoas empodera a sociedade que pode reivindicar e mudar essa realidade. Além disso, o aplicativo tem um caráter educativo ao indicar os sistemas produtores e mananciais de abastecimento em cada município, já que provavelmente a maioria dos brasileiros não sabe de onde vem a água que consomem nas cidades”, avalia o diretor de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Marcelo Cruz.
O aplicativo também dá acesso a um Fale Conosco para que os usuários possam relatar os problemas de sua cidade à Agência Nacional de Águas. “Ao fornecer acesso rápido e consolidado às informações, facilitamos a interlocução da sociedade com os tomadores de decisão, principalmente com os municípios, que possuem a titularidade dos serviços de saneamento na maior parte do Brasil, e com os governos estaduais, titulares dos serviços em várias capitais brasileiras”, reforça Cruz.
O usuário também poderá obter informações com recorte estadual e nacional. Sobre abastecimento urbano de água, o aplicativo oferece a avaliação da oferta de água por região e os dados sobre os tipos de sistemas de abastecimento de água (isolado ou integrado) e sobre os tipos de mananciais usados para captação de água (subterrâneos, superficiais ou mistos).
O aplicativo consolida informações do Brasil inteiro produzidas nos estudos Atlas Esgoto e Atlas Abastecimento Urbano de Águas da ANA e suas informações serão atualizadas ao passo que novos estudos sejam lançados. As informações dos reservatórios são geradas em tempo real por meio do Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR) da ANA.
Informações disponíveis:
Esgotos:
- Carga gerada, coletada e tratada;
- Principal corpo d’água que recebe o remanescente da carga orgânica e sua capacidade de diluição;
- População atendida pelos serviços;
- Quanto o município tem que investir para universalizar o tratamento, com diagrama das melhorias necessárias.
- Croqui (desenho esquemático) da situação existente e melhorias propostas para o sistema de esgotamento sanitário de cada sede urbana municipal, incluindo o caminho percorrido pelos esgotos, tratados ou não, até os corpos receptores.
Abastecimento:
- Prestador do Serviço, manancial de abastecimento do município, e sistema produtor de água;
- Se o manancial é suficiente ou o município precisa de uma alternativa;
- Se o sistema produtor de água é satisfatório ou precisa ser ampliado;
- Qual a população projetada para 2025 a ser atendida.
- Croqui (desenho esquemático) do sistema produtor de água de cada sede urbana municipal.
Reservatórios:
Volume de cerca dos 530 reservatórios que a ANA monitora no Nordeste
Onde baixar:
Play Store - para dispositivos Android
App Store - para dispositivos IOS
Outros aplicativos disponíveis gratuitamente são o Hidro NE, com informações sobre o nível dos cerca de 500 reservatórios que a Agência monitora no Nordeste, e o App Monitor de Água, que acompanha a intensidade da seca em todo o Nordeste. Com uma escala indicada por diferentes cores, este app desenvolvido com várias instituições da região mostra no mapa do Nordeste as áreas que passam por seca e sua evolução é classificadas como fraca, moderada, grave, extrema ou excepcional. Ambos também estão disponíveis para sistemas Android e IOS.