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Intensidade da seca aumenta em 13 estados e fica mais branda em dois estados em setembro
Em setembro deste ano, em comparação a agosto, em termos de severidade da seca, 13 estados tiveram uma intensificação da severidade do fenômeno em setembro: Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. No caso do Distrito Federal, a seca voltou a ser registrada, o que não acontecia desde janeiro deste ano. Assim, pela primeira vez, todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno simultaneamente.
No sentido oposto, dois estados tiveram um abrandamento da seca no período: Maranhão e Santa Catarina. Em outros cinco estados, sobretudo do Nordeste, a severidade do fenômeno se manteve estável: Alagoas, Ceará, Paraíba, Paraná e Sergipe. Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em setembro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. No sentido oposto, o Nordeste teve a menor severidade de setembro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.
Entre agosto e setembro, além do surgimento da seca no Distrito Federal, outras três unidades da Federação registraram expansão da área com seca: Alagoas, Pernambuco e Goiás. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros dois estados: Maranhão e Mato Grosso. Nos demais 15 estados não houve variação do território com seca (Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins). Considerando o recorte por região, o Centro-Oeste teve uma redução da área com seca de 99% para 91%, devido ao recuo significativo da seca fraca em parte do norte de Mato Grosso, que ficou livre de seca. Já no Nordeste, Sudeste e Sul o território com o fenômeno se manteve estável.
Em 13 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em setembro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais oito estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 63,9% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste, houve o aumento das áreas com seca grave no Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia, devido à piora nos indicadores. Por outro lado, no Maranhão houve recuo da seca fraca no norte e da seca moderada no oeste, devido às chuvas acima da média nos últimos meses.
Já no Sudeste, devido à persistência de chuvas abaixo da média, aconteceu o avanço das secas excepcional e extrema no centro-norte e noroeste de São Paulo e no oeste de Minas Gerais. Também houve o avanço da seca moderada no centro-leste mineiro, centro-sul do Espírito Santo e centro do Rio de Janeiro.
Devido às chuvas acima da média no Sul e à melhora nos indicadores, aconteceu o recuo da seca moderada no Rio Grande do Sul e da seca grave no centro de Santa Catarina. Por outro lado, em razão das chuvas abaixo da média e da piora nos indicadores, houve o avanço da seca grave no norte gaúcho e noroeste paranaense.
No Centro-Oeste, devido à piora nos indicadores, as áreas com seca extrema em Mato Grosso do Sul, sul e sudeste de Goiás e sul de Mato Grosso aumentaram. A seca no nordeste de Mato Grosso do Sul se agravou, passando de extrema para excepcional. Por outro lado, devido às chuvas acima da média, a seca fraca recuou no norte de Mato Grosso.
Em Tocantins, único estado do Norte monitorado até o momento, a seca grave avançou no noroeste do estado em virtude das chuvas abaixo da média e da piora nos indicadores. Por outro lado, a seca moderada recuou no extremo norte do estado, em decorrência de chuvas acima da normalidade.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.