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Hidrelétrica Caconde (SP) reduzirá liberação mínima de água até o fim de 2021
Hidrelétrica Caconde no rio Pardo (SP) - Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA
Nesta sexta-feira, 30 de abril, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) publicou a Resolução nº 72/2021, que autoriza a redução da vazão mínima que poderá ser liberada pelo reservatório da usina hidrelétrica Caconde (SP), no rio Pardo. Segundo o documento da Agência, a vazão mínima passará de 32 metros cúbicos por segundo para 20m³/s. A medida busca garantir a segurança hídrica da bacia, que tem áreas em São Paulo e Minas Gerais. Caso os usuários de água com outorgas a jusante (abaixo) da barragem sejam afetados, a autorização para redução deverá ser suspensa.
Caberá à empresa AES Tietê, que opera a hidrelétrica, divulgar amplamente sobre a redução da vazão mínima liberada nas cidades ribeirinhas na área de influência da hidrelétrica Caconde. A empresa também terá que se articular com a Marinha para garantir a segurança da navegação no rio Pardo nesse contexto.
Para a elaboração da Resolução nº 72/2021, a ANA levou em consideração a situação hidrometeorológica desfavorável pela qual passa a bacia hidrográfica do rio Pardo. Segundo o Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR), a hidrelétrica Caconde registrou um volume útil de 30,17% em 29 de abril. Desde 2012, este é o segundo menor armazenamento para o dia 29 de abril, superando apenas 29 de abril de 2014, quando o volume medido foi de 23,35%.
Rio Pardo
O rio Pardo nasce em Ipiúna (MG) e percorre 573km até desaguar no rio Grande. Na porção paulista da bacia, o Pardo tem três hidrelétricas instaladas e operadas pela AES Tietê: Caconde, Euclides da Cunha e Limoeiro. O curso d’água tem como principal afluente o rio Mogi-Guaçu e passa por municípios com forte atividade econômica, como: Poços de Caldas (MG), Ribeirão Preto (SP), Barretos (SP), entre outros.
Hidrelétrica Caconde
Localizada no rio Pardo no município de Caconde (SP), a usina tem potência instalada de 80,4 megawatts e começou suas operações em 1966. O reservatório da hidrelétrica, que opera a fio d’água, que é gerenciado pela AES Tietê, tem uma área de 31km² e capacidade de acumular 555 hm³ ou 555 bilhões de litros d’água. Seu volume útil, tirando o volume morto no fundo do reservatório, é de 504 bilhões de litros no total. Inicialmente, a hidrelétrica era conhecida como Graminha, mas o nome mudou para Caconde nos anos 90.