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Estudo sobre modelagem de qualidade da água na bacia do rio Grande é apresentado no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Água 2023
Rio Grande na divisa entre Uberaba (MG) e Miguelópolis (SP). Confluência (encontro) do rio do Carmo com o rio Grande na divisa entre Miguelópolis (SP) e Aramina (SP) - Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA
Os resultados do estudo sobre a aplicabilidade da ferramenta R-SPARROW para estimar as cargas de qualidade da água em bacias hidrográficas e o estudo-piloto na bacia do rio Grande, localizada em Minas Gerais e São Paulo, foram apresentados em um evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Água 2023, realizado em 20 de março, em Nova Iorque. A Agência Nacional de Água e Saneamento do Brasil (ANA) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês), parceiros no projeto, demonstraram a utilização do R-SPARROW na modelagem de qualidade de água.
A diretora da Agência Ana Carolina Argolo e o hidrólogo Joel Groten, do USGS, fizeram a abertura. A moderação foi realizada pela coordenadora de Qualidade de Água e Enquadramento da ANA, a especialista Ana Paula Generino. Já as apresentações técnicas foram feitas pelo especialista em regulação de recursos hídricos e saneamento básico da ANA Marcelo Souza e pela hidróloga do USGS Olivia Miller.
O estudo é fruto da cooperação entre a ANA, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e o USGS para desenvolver soluções que contribuam com iniciativas voltadas para garantir água de boa qualidade. Os resultados dessa aplicação constam da publicação Modelagem de qualidade da água: aplicação do SPARROW, que aborda o contexto sobre a qualidade de água no Brasil, o conceito e as especificações sobre o modelo SPARROW, a aplicação da metodologia com o estudo-piloto na bacia do rio Grande (MG/SP), além das conclusões dessa experiência.
Desenvolvido ao longo de vários anos, o trabalho tem o foco em quantificar a variabilidade espacial nas cargas médias anuais de nitrogênio total em córregos das sub-bacias dos rios Pardo e Sapucaí, na bacia do rio Grande. A iniciativa também tem a finalidade de identificar e quantificar as principais fontes naturais e antrópicas (geradas pela ação das pessoas) de nitrogênio total nas sub-bacias, além de demonstrar a utilização do modelo para avaliar possíveis mudanças na qualidade da água, devido à redução das emissões de nitrogênio de fontes poluidoras relevantes.
O SPARROW
O SPARROW, sigla para SPAtially Referenced Regressions On Watershed Attributes (Regressões Espacialmente Referenciadas para Atributos de Bacias Hidrográficas) é um método de regressões referenciadas geograficamente e aplicadas sobre características de bacias hidrográficas. Através do SPARROW é possível produzir modelos para as cargas poluentes nos rios, dando maior entendimento a respeito da qualidade da água.
As cargas poluidoras são modeladas em função das suas fontes poluidoras, como uso do solo e fertilizantes na agricultura, além de variáveis climáticas e propriedades hidrogeológicas da bacia em análise – o que inclui chuvas, topografia e propriedades do solo.
ANA e USGS
Desde 2014, a ANA e o USGS mantêm uma parceria para capacitação em avaliações de recursos hídricos. Essa ação conjunta tem levado a avanços em diversas áreas, incluindo equipamentos e procedimentos usados para monitoramento de água e evapotranspiração, garantia de qualidade de dados e modelagem de qualidade de água.
A cooperação entre as instituições permitiu o desenvolvimento de uma nova modelagem de código aberto e sistemas interativos de apoio à decisão dentro do modelo SPARROW e a aplicação do modelo aprimorado para entender qualidade da água no Brasil. O SPARROW foi desenvolvido pelo USGS para modelar a qualidade da água em escala regional e foi migrado para a linguagem R, agora denominada R-SPARROW, como parte deste trabalho.
A Conferência das Nações Unidas sobre Água
A última Conferência das Nações Unidas sobre Água aconteceu em 1977, em Mar Del Plata, na Argentina. A edição deste ano acontece na sede da ONU, em Nova Iorque, entre 22 e 24 de março, em parceria com os governos dos Países Baixos e do Tajiquistão. São previstos cinco diálogos interativos e seis plenárias, além de eventos especiais e eventos paralelos organizados pelos estados-membros da Organização, sistema ONU e outros atores interessados na temática da água.
O principal resultado da Conferência será o lançamento da Agenda de Ação da Água, que contém comprometimentos voluntários de todos os níveis, inclusive governos, instituições e comunidades locais.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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