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Último boletim do ano traz balanço e aprendizados dos nove meses de pesquisa
Estimativa de infectados pelo COVID se mantém elevada, em 1 milhão de pessoas
Nesta sexta-feira, 18 de dezembro, foi divulgado o último boletim deste ano do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, o Boletim de Acompanhamento nº 27. O boletim aponta manutenção da estimativa de casos de infecção pelo coronavírus em cerca de 1 milhão de pessoas em Belo Horizonte e em cerca de 300 mil pessoas em Contagem, ambas em Minas Gerais, por três semanas.
Este patamar alcançado na semana epidemiológica 48, e mantido até a semana 50, representa o maior valor estimado de pessoas infectadas desde o início do monitoramento do novo coronavírus no esgoto, no início de abril. O maior valor estimado anteriormente foi de cerca de 800 mil pessoas, no final de julho”, aponta o estudo.
Todas as regiões monitoradas apresentaram resultados positivos para a detecção do novo coronavírus, tanto na bacia do Arrudas como na bacia do Onça.
“As elevadas estimativas de população infectada observadas desde a semana epidemiológica 43 seguem repercutindo de forma acentuada no aumento dos casos notificados e confirmados em Belo Horizonte”, aponta o estudo. “Este cenário reflete o aumento expressivo da circulação do vírus em Belo Horizonte e indica a tendência de agravamento da pandemia na capital. Ressalta-se, uma vez mais, a importância do fortalecimento de medidas de prevenção e controle para redução da disseminação do vírus no município”, concluem.
Neste boletim, os técnicos trazem capítulo especial com o título “aprendizados, contribuições e perspectivas para 2021”. São nove meses de estudo, com divulgação de resultados em 35 semanas consecutivas de monitoramento do esgoto. Como destaques do projeto, foram listados:
• A maioria dos pontos amostrados apresentaram resultados positivos para a presença do novo coronavírus durante praticamente todo o período de monitoramento (13/04 a 11/12/2020).
• Os meses de julho e dezembro de 2020 foram caracterizados como os piores períodos da pandemia em Belo Horizonte, com picos nas cargas virais da população (medidas nos esgotos) e crise nas redes de saúde privada e pública, evidenciada por elevados índices de ocupação de leitos dedicados ao tratamento de pacientes com Covid-19.
• Dentre as 17 sub-bacias (regiões/bairros) monitoradas, as seguintes têm apresentado maiores índices de infecção em suas populações: SBA-04, SBA-09, SBA-C, SBO-07, SBO-08, SBO-09 e SBO-C.
Confira todos os destaques, aprendizados e perspectivas do estudo no Boletim nº 27.
Os resultados das amostras de esgotos coletadas durante todo o projeto estão acessíveis no Painel Dinâmico Monitoramento COVID Esgotos (dashboard) em: https://bit.ly/dashboard_covid_esgotos.
Sobre o projeto-piloto
O projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos tem o objetivo de monitorar a presença do novo coronavírus nas amostras de esgoto coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário das cidades de Belo Horizonte e Contagem, inseridos nas bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e do Onça. Assim é possível gerar dados para a sociedade e ajudar gestores na tomada de decisão.
O trabalho, que terá duração inicial de dez meses, é fruto de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre a ANA e o INCT ETE Sustentáveis/ UFMG. Com a continuidade dos estudos, o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus nas diferentes regiões analisadas para entender a prevalência e a dinâmica de circulação do vírus.
Os pesquisadores participantes no estudo reforçam que não há evidências da transmissão do vírus através das fezes (transmissão feco-oral) e que o objetivo da pesquisa é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos a partir do esgoto como uma ferramenta de aviso precoce para novos surtos, por exemplo.
Com os dados obtidos, é possível saber como está a ocorrência do novo coronavírus por região, o que pode direcionar a adoção ou não de medidas de relaxamento consciente do isolamento social. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência do COVID-19 de forma regionalizada, embasando a tomada de decisão pelos gestores públicos.
Sobre os parceiros do projeto-piloto
ANA
Criada pela Lei nº 9.984/2000, a ANA é a agência reguladora dedicada a implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Lei das Águas, e coordenar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Com a aprovação do novo marco legal do saneamento básico pela Lei nº 14.026/2020, também cabe ao órgão editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico.
Esse trabalho é feito por meio de ações de regulação, monitoramento, gestão e planejamento de recursos hídricos. Além disso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico emite e fiscaliza o cumprimento de normas, em especial as outorgas em corpos d’água de domínio da União – interestaduais, transfronteiriços e reservatórios federais. Também é a responsável pela fiscalização da segurança de barragens de usos múltiplos das águas outorgadas pela instituição.
INCT ETEs Sustentáveis/UFMG
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis) estuda questões sobre o esgoto sanitário, notadamente para países em desenvolvimento, de forma a contribuir para a promoção de mudanças estruturais e estruturantes nos serviços de esgotamento sanitário, a partir da capacitação profissional, desenvolvimento de soluções tecnológicas apropriadas às diversas realidades nacionais, construção e transmissão de conhecimento para a sociedade, órgãos governamentais e empresariais.
IGAM
Criado em 1997, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) é vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Integra o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) na esfera federal. Na estadual, faz parte do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SISEMA). Entre as responsabilidades do IGAM estão a proteção, gestão e controle dos recursos hídricos; monitoramento da qualidade da água; autorização e acompanhamento de obras que interferem nos cursos d'água; emissão de alertas de tempestades; fiscalização, monitoramento e elaboração de relatórios técnicos.
COPASA
Criada pelo Estado de Minas Gerais, em 1963, com a denominação Companhia Mineira de Água e Esgoto (COMAG), em 1974, com a incorporação do Departamento Municipal de Águas e Esgoto (DEMAE), teve o nome social alterado para Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA).
Com sede em Belo Horizonte, a Companhia é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, que tem como objetivo planejar, projetar, executar, ampliar, remodelar, administrar e explorar serviços públicos de abastecimento de água e de esgoto, podendo atuar no Brasil e no exterior. Atualmente, a COPASA detém a concessão do sistema de abastecimento de água de 641 municípios, sendo que destes, também, detém a concessão do sistema de esgotamento sanitário de 311 municípios mineiros.
SES-MG
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é responsável pela gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Estado. Além disso, uma das metas da SES-MG é apoiar os municípios no processo de planejamento, fortalecimento e gestão do SUS para o desenvolvimento de políticas de saúde focadas no cidadão e em consonância com as especificidades regionais, com transparência e participação social. Para outras informações sobre saúde, acesse: www.saude.mg.gov.br.
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5495/5103/5129
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