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Espírito Santo passa a integrar o Monitor de Secas
O Monitor de Secas, ferramenta de acompanhamento regular e periódico da situação de seca, com caracterização de severidade baseada em impactos e com comparativos da evolução espaço-temporal, agora passa a trazer dados do Espírito Santo. A partir desta semana, em 5 de junho, o estado oficializou sua adesão ao Monitor. O projeto é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos.
O diretor da ANA Ricardo Andrade – juntamente com o Superintendente de Apoio ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Humberto Gonçalves, e a coordenadora de Articulação com o Sistema de Proteção e Defesa Civil, Alessandra Daibert – participou da cerimônia de assinatura da expansão do Monitor ao lado do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Foi assinado Acordo de Cooperação Técnica para a operação do projeto no Estado, além do fortalecimento da gestão de eventos de seca e do desenvolvimento de ações de mitigação dos impactos locais decorrentes do fenômeno.
Para Andrade, a expansão da ferramenta auxiliará ainda mais no processo de decisão dos gestores dos recursos hídricos e a população, que poderá ter informações confiáveis e em tempo real sobre a situação da seca em sua região. O Espírito Santo se junta a Minas Gerais e aos nove estados do Nordeste contemplados pelo Monitor de Secas. Atualmente, a ferramenta vem sendo empregada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca.
O Monitor de Secas promove o monitoramento regular e periódico da situação da seca, por meio do qual é possível acompanhar sua evolução, classificando-a segundo o grau de severidade dos impactos observados. Seu principal produto é o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma densa rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pela Região Nordeste do Brasil, historicamente a mais afetada por eventos de seca. No final do ano passado, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por fenômenos dessa natureza, foi iniciada a expansão da ferramenta para a inclusão de outros estados. Em novembro de 2018, Minas Gerais foi incorporado ao processo.
O Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Adicionalmente, os representantes da ANA estiveram em reunião na sede da AGERH – Agência Estadual de Recursos Hídricos do ES, com o Diretor-Presidente, Fábio Anhert, e alguns técnicos da instituição, para tratar de aspectos relacionados à melhoria da gestão de recursos hídricos no Estado.