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Especialistas do USGS capacitam brasileiros em cálculo de vazão usando o Método da Velocidade Indexada
Atividade do curso - Foto: Thamiris Lima / Banco de Imagens ANA
Raylton Alves com colaboração de Natália Batista
Entre 23 e 27 de setembro, em Brasília, a Agência Nacional de Águas (ANA) sedia o curso sobre Cálculo de Vazão usando o Método da Velocidade Indexada, que é ministrado por instrutores do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O objetivo deste treinamento é capacitar mais de 20 técnicos da ANA e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre este método para cálculo de vazões, que é apropriado sobretudo para locais sujeitos a remanso ou fluxo instável, nos quais o método tradicional cota-vazão é inadequado. O evento também capacita funcionário da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB).
Durante o primeiro dia da programação os instrutores Anthony Gotvald e Kevin Oberg, do USGS, explicaram o Método da Velocidade Indexada e apresentaram uma série de informações sobre a montagem, a configuração e os tipos de Medidores de Velocidade de Doppler Acústico (ADVMs na sigla em inglês) – equipamentos para monitorar rios a partir de feixes acústicos para estimar uma parte da velocidade de escoamento do rio monitorado.
Em 24 de setembro os participantes fizeram uma aula prática de montagem, instalação e configuração de ADVM na unidade de captação de água da CAESB no ribeirão Bananal (DF), além de discussões teóricas sobre rotinas de campo e outros temas. No dia 25 as apresentações abordaram principalmente o desenvolvimento de Curva de Velocidade Indexada.
Durante toda esta quinta-feira, 26, o curso tem uma aula prática no rio São Bartolomeu com levantamento de seção transversal, medição da vazão, instalação e configuração do equipamento ADVM. No último dia do treinamento, os instrutores farão uma revisão dos temas abordados.
Acordo com o USGS
Esta oficina faz parte da contratação do USGS para capacitação técnica de profissionais brasileiros que atuem no planejamento e operação da Rede Hidrometeorológica Nacional, conforme o Memorando de Entendimento BR-20.0000 assinado em 2015 e vigente até 2025. Assinada pela ANA, CPRM e USGS; a cooperação prevê intercâmbios de informação técnica, treinamentos e pesquisas. Além da área de recursos hídricos, a parceria engloba outros temas, como: variabilidade climática e mudanças no uso da terra; ecossistemas; e perigos naturais, avaliações de riscos e resiliência.