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Especialistas brasileiros conhecem operação de grandes sistemas hídricos dos Estados Unidos
Entre 12 e 21 de setembro, uma equipe da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) está nos Estados Unidos para visita técnica com o intuito de aprofundar conhecimentos sobre aspectos técnicos da operação de grandes sistemas hídricos, como o Central Valley Project (CVP) e o Arizona Project (CAP). A missão também busca subsidiar a ANA tanto na discussão quanto na avaliação de estratégias para regulação, controle, monitoramento e fiscalização da operação de grandes sistemas de adução de água bruta no Brasil, como o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).
Além da diretora Ana Carolina Argolo e servidores da Agência, participam da missão representantes de dois estados receptores das águas do PISF: a presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Suzana Montenegro, e o diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (COGERH), Roberto Bruno Rebouças. Essa visita técnica acontece no contexto do memorando de entendimento da ANA com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês) e com o United States Bureau of Reclamation (USBR), sendo que ambas as instituições estão compartilhando informações com o grupo de especialistas brasileiros.
O CVP, na Califórnia, e o CAP, no Arizona, foram os empreendimentos escolhidos para a visita técnica nos Estados Unidos pelo fato de terem seu funcionamento e gerenciamento com aspectos similares aos relativos ao Projeto de Integração do Rio São Francisco. Nesse sentido a programação da missão contém reuniões técnicas com as equipes do USGS e do USBR sobre os desafios da operação de grandes sistemas de adução de água bruta. Esses encontros têm como foco o planejamento, monitoramento, fiscalização, controle de nível e vazão de água, estimativa de perdas do recurso, indicadores de eficiência e desempenho da prestação do serviço, entre outras temáticas de natureza técnica.
A missão também busca capacitar técnicos da ANA e de órgãos gestores de estados receptores das águas do PISF a partir das informações compartilhadas pelo USGS e USBR referentes aos processos de planejamento e gerenciamento de sistemas de grande porte – como o Central Valley Project e o Arizona Project – que são operados há décadas pelo United States Bureau os Reclamation.
O PISF
O PISF leva água do rio São Francisco a 390 municípios no Ceará, na Paraíba, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte. O empreendimento abrange a construção de 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 28 reservatórios, nove subestações de 230 quilowatts, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis. O Eixo Leste tem 217 quilômetros, passando por Pernambuco e Paraíba. O Eixo Norte tem 260km e corta municípios de Pernambuco, Ceará e Paraíba.
No Eixo Norte, as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco passam pelos seguintes municípios: Cabrobó, Salgueiro, Terranova e Verdejante, em Pernambuco; Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e Barro, no Ceará; São José de Piranhas, Monte Horebe e Cajazeiras, na Paraíba. Já no Eixo Leste, o empreendimento atravessa os municípios pernambucanos de Floresta, Custódia, Betânia e Sertânia; e a cidade paraibana de Monteiro.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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