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Eixo Norte do PISF tem estação de bombeamento inaugurada em Cabrobó (PE)
- Foto: Divulgação / MI
Na manhã desta sexta-feira, 2 de fevereiro, uma comitiva do governo federal esteve no município de Cabrobó (PE) para inaugurar a segunda estação de bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF). A nova estação levará água do rio São Francisco pelos canais do Eixo Norte até o açude Nilo Coelho, também em Pernambuco. Representando a Agência Nacional de Águas (ANA), a diretora-presidente Christianne Dias participou da solenidade acompanhando o presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, com o funcionamento desta estação do Eixo Norte – que terá, ao todo, 260 km de extensão – o abastecimento do município de Terra Nova (PE) estará garantido. A estação de bombeamento elevará a água do Velho Chico a uma altura equivalente a um prédio de 19 andares de onde a água seguirá pelos canais já construídos até chegar ao reservatório Serra do Livramento, no município de Cabrobó, onde será captada para distribuição às populações.
Até o final deste ano estima-se que mais de 7 milhões de pessoas dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, os chamados “estados da transposição”, já estejam sendo abastecidas com as águas do rio São Francisco.
Clique aqui e assista ao vídeo da solenidade produzido pelo Ministério da Integração Nacional.
Uso das águas
O processo de transposição do rio São Francisco teve início há mais de uma década e a autorização para uso das águas dependeu de estudos ambientais e da atuação da ANA no processo de concessão da outorga. A Resolução ANA nº 411/2005 concedeu ao Ministério da Integração Nacional o direito de uso de recursos hídricos do rio São Francisco para o PISF.
Segundo a outorga da ANA, as captações de água tanto para o Eixo Leste, como para o Eixo Norte obedecerão a uma vazão firme disponível de 26,4 m³/s, o que representa 1,4% da vazão média do rio, respeitando as projeções de consumo humano de água para 2025. A liberação média máxima diária de água nos dois eixos poderá chegar a 114 m³/s e a vazão máxima instantânea (pico de retirada) poderá alcançar 127 m³/s, a depender do nível de água do reservatório de Sobradinho.
O Ministério da Integração Nacional é o responsável pelas obras e a CODEVASF será a instituição responsável pela operação e manutenção do projeto, conforme estabelecido pelo Decreto nº. 5.995 de 19 de dezembro de 2006, alterado pelo Decreto nº. 8.207 de 13 de março de 2014.
O projeto dependeu também de licença ambiental concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e inclui o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, com duração prevista até 2024, que conta com a atuação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de outras instituições parceiras.
PISF
O PISF visa levar água do Velho Chico a 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, além das 294 comunidades rurais às margens dos canais.
A obra engloba a construção de 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, nove subestações de 230 quilowatts, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis.
O rio São Francisco garantirá o abastecimento de água desde grandes centros urbanos da região (Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato, Mossoró, Campina Grande, Caruaru) até centenas de pequenas e médias cidades inseridas no semiárido e de áreas do interior do Nordeste, priorizando a política de desenvolvimento regional sustentável.
As obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco passam pelos seguintes municípios no Eixo Norte: Cabrobó, Salgueiro, Terranova e Verdejante (PE); Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e Barro (CE); em São José de Piranhas, Monte Horebe e Cajazeiras (PB). Já no Eixo Leste, o empreendimento atravessa os municípios pernambucanos de Floresta, Custódia, Betânia e Sertânia; e em Monteiro, na Paraíba.