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Cinco capitais registram aumento expressivo do novo coronavírus em seus esgotos e no número de casos de COVID-19 nas últimas semanas
Curitiba (PR) - Foto: Zig Koch/Banco de Imagens ANA
Nesta quarta-feira, 23 de novembro, a Rede Monitoramento COVID Esgotos publicou a Nota de Alerta nº 12/2022 , que informa o aumento expressivo das cargas e concentrações do novo coronavírus nos esgotos de cinco das seis capitais monitoradas – Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza e Recife – entre 6 e 19 de novembro. Nesse cenário o número de casos de COVID-19 também subiu em quatro dessas cinco capitais, sendo Belo Horizonte a única que não registrou esse incremento no número de casos.
Somente na cidade do Rio de Janeiro, entre as capitais monitoradas, a situação das cargas e concentrações virais, assim como o número de casos da doença, se manteve estável, conforme consta do Boletim de Acompanhamento nº 21/2022 , entre as semanas epidemiológicas 42 (de 16 a 22 de outubro) e 45 (de 6 a 12 de novembro).
No cenário de pandemia o monitoramento dos esgotos realizado pela Rede segue sendo uma ferramenta para o acompanhamento dos efeitos das medidas de flexibilização na circulação do novo coronavírus. Os dados das seis capitais acompanhadas podem ser acessados no Painel Dinâmico . Veja as informações por cidade a seguir.
Belo Horizonte (MG)
Na comparação entre as semanas epidemiológicas 45 e 46, a carga do novo coronavírus saltou de 17,9 bilhões para 158 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Nesse período de 6 a 19 de novembro, portanto, a carga viral subiu 8,8 vezes e atingiu um nível que gerou esse alerta na capital mineira. Em termos de número de casos de COVID-19 confirmados em Belo Horizonte, houve uma leve redução de 330 para 306 casos confirmados respectivamente entre as semanas 45 e 46.
Evolução da carga viral no esgoto de Belo Horizonte
Belo Horizonte também passou por aumento das concentrações virais nos três pontos monitorados entre as semanas epidemiológicas 43 (de 23 a 29 de outubro) e 46 (de 13 a 19 de novembro). Enquanto na semana 43 todos os pontos monitorados tiveram concentrações virais baixas (de 1 a 4 mil cópias por litro das amostras), indicadas em amarelo a seguir, da semana 46 todos os pontos monitorados tiveram concentrações elevadas (acima de 25 mil cópias por litro), destacadas em vermelho nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Belo Horizonte entre as semanas epidemiológicas 43 e 46 de 2022
Brasília (DF)
No Distrito Federal, na comparação entre a semana epidemiológica 45 e a 46, a carga do novo coronavírus saltou de 35,4 bilhões para 154 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Nesse período de 6 a 19 de novembro, a carga viral subiu 4,3 vezes e atingiu um nível que gerou esse alerta em Brasília. Em termos de número de casos de COVID-19 confirmados na capital federal, houve uma elevação significativa de 559 para 1.932 casos confirmados respectivamente entre as semanas 45 e 46.
Evolução da carga viral no esgoto do Distrito Federal
O Distrito Federal também passou por elevação das concentrações virais nos oito pontos monitorados entre as semanas epidemiológicas 43 (de 23 a 29 de outubro) e 46 (de 13 a 19 de novembro). Enquanto na semana 43 a maioria dos pontos monitorados não teve a detecção do novo coronavírus nas amostras coletadas, conforme indicado em verde nos mapas a seguir. Já na semana epidemiológica 46 foram identificadas concentrações intermediárias (de 4 mil a 25 mil cópias virais por litro das amostras) em quatro pontos, indicados em laranja, além de concentração elevada (acima de 25 mil cópias por litro) na Estação de Tratamento de Esgoto Brasília Sul (ETE Brasília Sul), a maior do DF, destacada em vermelho a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no Distrito Federal entre as semanas epidemiológicas 43 e 46 de 2022
Curitiba (PR)
Curitiba vem registrando um aumento sistemático da carga viral em seu esgoto desde a semana epidemiológica 43 (de 23 a 29 de outubro) até a semana 46 (de 13 a 19 de novembro). Nesse período a carga viral subiu de 56 bilhões para 766 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes, aumentando 13,6 vezes a carga verificada na capital paranaense. Além disso, essas 766 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes representaram a terceira maior carga já observada em Curitiba desde o início do monitoramento do esgoto em março de 2021, sendo superada somente pelos 1,1 trilhão e 880 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes registradas respectivamente nas semanas epidemiológicas 3 (de 16 a 22 de janeiro) e 21 (de 22 a 28 de maio) deste ano.
Na questão do número de casos confirmados de COVID-19 na capital paranaense, houve uma elevação significativa de 423 para 2.152 respectivamente entre as semanas epidemiológicas 43 e 46, acompanhando o aumento das cargas virais.
Evolução da carga viral no esgoto de Curitiba
Curitiba passou, ainda, por elevação das concentrações virais nos cinco pontos monitorados entre as semanas epidemiológicas 43 (de 23 a 29 de outubro) e 46 (de 13 a 19 de novembro). Na semana 43 os pontos monitorados tiveram concentrações baixas (de 1 a 4 mil cópias virais por litro das amostras) ou moderadas (de 4 mil a 25 mil cópias por litro), destacadas respectivamente em amarelo e laranja nos mapas a seguir. Já na semana 46 foram registradas elevadas concentrações virais (acima de 25 mil cópias por litro) em quatro dos cinco pontos acompanhados em Curitiba.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Curitiba entre as semanas epidemiológicas 43 e 46 de 2022
Fortaleza (CE)
Na comparação entre a semana epidemiológica 45 (de 6 a 12 de novembro) e a 46 (de 13 a 19 de novembro), a carga do novo coronavírus cresceu cerca de quatro vezes e alcançou 1,9 trilhão de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Essa foi a segunda maior carga registrada na cidade desde o início do monitoramento do esgoto em junho de 2021, sendo superada somente pela carga de 2,9 trilhões de cópias virais por dia para cada 10 mil habitantes na semana epidemiológica 3 (de 16 a 22 de janeiro deste ano).
Em termos de número de casos de COVID-19 confirmados na capital cearense, houve uma elevação significativa de 333 para 1.153 casos confirmados respectivamente entre as semanas 45 e 46, acompanhando a elevação da carga viral no esgoto.
Evolução da carga viral no esgoto de Fortaleza
As concentrações virais registradas em Fortaleza na semana epidemiológica 43 (de 23 a 29 de outubro) foram predominantemente moderadas (entre 4 mil e 25 mil cópias virais por litro das amostras), conforme as regiões destacadas em laranja nos mapas a seguir. Com o passar das semanas as concentrações subiram sistematicamente, atingindo patamares elevados (acima de 25 mil cópias por litro) em todos os pontos monitorados nas semanas 45 e 46, destacados em vermelho a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Fortaleza entre as semanas epidemiológicas 43 e 46 de 2022
Recife (PE)
No Recife a carga viral registrada nas semanas epidemiológicas 45 (de 6 a 12 de novembro) e 46 (de 13 a 19 de novembro) subiu de 6 bilhões para 23 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes, ou seja, quase quatro vezes durante o período. Esse patamar de carga viral é considerado moderado. Acompanhando essa elevação, o número de casos confirmados de COVID-19 subiu de 17 para 31 entre as semanas 45 e 46.
Evolução da carga viral no esgoto do Recife
As concentrações virais no Recife passaram de predominantemente não detectadas, na semana epidemiológica 43 (de 23 a 29 de outubro), destacadas em verde a seguir, para predominantemente baixas (de 1 a 4 mil cópias por litro das amostras) na semana 46 (de 13 a 19 de novembro), ilustradas em amarelo nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no Recife entre as semanas epidemiológicas 43 e 46 de 2022
Rio de Janeiro (RJ)
Entre as semanas epidemiológicas 42 (de 16 a 22 de outubro) e 45 (de 6 a 12 de novembro) o Rio de Janeiro se manteve com o patamar de 0,5 bilhão de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes nos quatro pontos acompanhados pela Rede Monitoramento COVID Esgotos. Essa carga é considerada baixa. A variação dos casos confirmados de COVID-19 também permaneceu estável no período.
Evolução da carga viral no esgoto do Rio de Janeiro
Em termos de concentrações virais, quatro dos cinco pontos monitorados tiveram patamares baixos (de 1 a 4 mil cópias por litro das amostras) entre as semanas epidemiológicas 42 e 45, destacados em amarelo a seguir. Somente na Estação de Tratamento de Esgoto Alegria (ETE Alegria), na semana 42, não houve a presença do vírus detectada. No período entre as semanas 43 e 45, as concentrações nesse ponto também foram baixas.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no Recife entre as semanas epidemiológicas 42 e 45 de 2022
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento COVID Esgotos foi criada com intuito de ampliar a disponibilidade de informações para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 por meio do monitoramento do SARS-CoV-2 nos esgotos de seis capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. A Rede é coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
No cenário de pandemia, o monitoramento dos esgotos realizado pela Rede segue sendo uma ferramenta para o acompanhamento dos efeitos das medidas de flexibilização na circulação do novo coronavírus.
A Rede Monitoramento COVID Esgotos conta com os seguintes parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.
Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, podem ser obtidas no Boletim de Apresentação da Rede . O histórico de resultados da Rede pode ser consultado no Painel Dinâmico ou nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis na página da ANA pelo link https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/acontece-na-ana/monitoramento-covid-esgotos .
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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