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Cargas e concentrações do novo coronavírus têm redução nos esgotos das seis capitais acompanhadas pela Rede Monitoramento COVID Esgotos nas últimas semanas
Logotipo da Rede Monitoramento COVID Esgotos
O Boletim de Acompanhamento nº 12/2022 da Rede Monitoramento COVID Esgotos , com dados até 5 de março, semana epidemiológica 9 deste ano, identificou a redução das cargas do novo coronavírus nos esgotos das seis capitais acompanhadas: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. No entanto, as cargas e concentrações do vírus dos esgotos de algumas dessas cidades seguem em patamares significativos.
Já a tendência de redução das cargas virais nos esgotos foi acompanhada pela redução do número de novos casos da COVID-19 em todas essas capitais, o que tem estimulado o abrandamento das medidas de prevenção e controle da disseminação do vírus. Nesse cenário o monitoramento dos esgotos realizado pela Rede segue sendo uma ferramenta importante para o acompanhamento dos efeitos de tais medidas de flexibilização para a circulação do novo coronavírus. Veja as informações por cidade a seguir.
Belo Horizonte (MG)
Em Belo Horizonte, a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou uma forte redução na carga do novo coronavírus nos esgotos entre as semanas epidemiológicas 5 (30 de janeiro a 5 de fevereiro) e 7 (de 13 a 17 de fevereiro), quando a carga viral caiu de 39,2 bilhões para 0,9 bilhão de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Já na semana 8 (20 a 26 de fevereiro) a carga teve um aumento para 56,9 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes, sendo que o indicador caiu para 15,8 na semana seguinte (27 de fevereiro a 5 de março). Apesar da redução, o indicador segue num patamar significativo. Desde o início do monitoramento na capital mineira em abril de 2020, a maior carga foi registrada na semana epidemiológica 3 (16 a 22 de janeiro) deste ano: 662,1 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes.
Evolução da carga viral no esgoto de Belo Horizonte
Entre as semanas epidemiológicas 5 e 7, as concentrações virais ficaram entre baixas (de 1 a 4 mil cópias por litro das amostras) e médias (4 mil a 25 mil cópias), conforme as áreas destacadas respectivamente em amarelo e laranja nos mapas a seguir. Entre as semanas 8 e 9, as concentrações ficaram entre médias e altas (acima de 25 mil cópias por litro) nos pontos monitorados.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Belo Horizonte entre as semanas epidemiológicas 5 e 9 de 2022
Dentre os três pontos especiais de monitoramento na capital mineira, entre as semanas 5 e 9 de 2022, o novo coronavírus somente foi detectado no Aeroporto Internacional de Confins e apenas nas semanas 7 e 8 e, ainda assim, em concentrações baixas (entre 1 e 4 mil cópias por litro das amostras), conforme a tabela a seguir.
Concentração do novo coronavírus no esgoto dos pontos especiais de monitoramento em Belo Horizonte
Brasília (DF)
Entre as semanas epidemiológicas 5 (de 30 de janeiro a 5 de fevereiro) e 9 (de 27 de fevereiro a 5 de março), Brasília registrou uma forte queda na carga do novo coronavírus nos esgotos da capital nas oito estações de tratamento de esgotos (ETEs) monitoradas. No período a carga caiu de 2,56 trilhões para 216,7 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Apesar da redução do indicador, o Distrito Federal segue com uma carga viral em patamar elevado em seus esgotos. Esse total considera a soma das cargas das oito ETEs que atendem a cerca de 80% da população do Distrito Federal.
Evolução da carga viral no esgoto do Distrito Federal
Entre as semanas epidemiológicas 5 e 8, todos os pontos monitorados apresentaram concentrações virais intermediárias (entre 4 mil e 25 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) ou elevadas (acima de 25 mil cópias por litro), respectivamente indicadas em laranja e vermelho nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no DF entre as semanas epidemiológicas 5 e 8 de 2022
Curitiba (PR)
Em Curitiba houve uma redução gradual das cargas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos esgotos da cidade entre a semana epidemiológica 5 (de 30 de janeiro a 5 de fevereiro) e a 9 (de 27 de fevereiro a 5 de março). Nesse período a carga viral caiu de 527,1 bilhões para 72,1 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes na capital paranaense. Apesar da redução, Curitiba segue com cargas virais significativas.
Evolução da carga viral no esgoto de Curitiba
Entre as semanas 5 e 9, Curitiba registrou concentrações virais intermediárias (de 4 mil a 25 mil cópias do vírus por litro) ou elevadas (acima de 25 mil cópias por litro), respectivamente indicadas nos mapas a seguir em laranja e vermelho, em todos os pontos da capital paranaense, o que demonstra a presença do novo coronavírus nos esgotos da cidade em níveis moderados a elevados, dependendo da região da capital paranaense.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Curitiba entre as semanas epidemiológicas 5 e 9 de 2022
Na semana epidemiológica 5, no ponto especial de monitoramento do Aeroporto Internacional Afonso Pena, foi detectada uma elevada concentração viral, sendo a maior concentração viral já detectada nesse ponto: 146 mil cópias por litro das amostras. Esse registro superou o recorde anterior, que foi de 70 mil cópias por litro na semana epidemiológica 1 (de 2 a 8 de janeiro).
Concentração do novo coronavírus no esgoto do ponto especial de monitoramento em Curitiba
Fortaleza (CE)
Fortaleza registrou uma redução significativa das cargas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em seus esgotos entre as semanas epidemiológicas 5 (de 30 de janeiro a 5 de fevereiro) e 9 (de 27 de fevereiro a 5 de março) de 2022. Nesse período a capital cearense teve uma diminuição de 379,8 bilhões para 3,7 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Especificamente na semana 8 (de 20 a 26 de fevereiro), não houve registro do novo coronavírus em nenhuma das três estações de tratamento de esgotos monitoradas em Fortaleza.
Evolução da carga viral no esgoto de Fortaleza
Entre as semanas epidemiológicas 5 e 9, a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou a redução nas concentrações do novo coronavírus em todos os pontos de monitoramento em Fortaleza. Nesse período a cidade saiu de uma situação com todos os pontos monitorados com altas concentrações virais (acima de 25 mil cópias por litro das amostras), indicados em vermelho nos mapas a seguir, para um cenário somente com concentrações baixas (de 1 a 4 mil cópias por litro) ou não detectadas, respectivamente em amarelo e verde nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados em Fortaleza entre as semanas epidemiológicas 5 e 9 de 2022
Recife (PE)
Entre as semanas epidemiológicas 5 (de 30 de janeiro a 5 de fevereiro) e 9 (de 27 de fevereiro a 5 de março), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou em Recife uma redução expressiva das cargas no novo coronavírus nos esgotos da cidade. Com isso, houve uma redução de 9 bilhões para 0,1 bilhão de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes na capital pernambucana, sendo que na semana 8 (de 20 a 26 de fevereiro) essa carga foi igual a zero.
Evolução da carga viral no esgoto de Recife
Ainda no período entre as semanas epidemiológicas 5 e 9, Recife teve uma queda acentuada na concentração do novo coronavírus em todos os pontos monitorados. Com isso, a cidade saiu de uma situação com a predominância de pontos com baixas e médias concentrações virais, indicadas respectivamente em amarelo e laranja, para quase todos os pontos sem a detecção do novo coronavírus (em verde nos mapas abaixo).
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Recife entre as semanas epidemiológicas 5 e 9 de 2022
Rio de Janeiro (RJ)
Nas semanas epidemiológicas 5 (de 30 de janeiro a 5 de fevereiro) a 8 (de 20 a 26 de fevereiro), a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou uma redução da carga total do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos esgotos do Rio de Janeiro. Nesse período a carga caiu de 30,7 bilhões para 1,1 bilhão de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes. Porém, contribuiu para essa redução a interrupção no monitoramento em seis das 11 estações de tratamento de esgotos da capital fluminense acompanhadas pela Rede. Os dados registrados indicam a estabilização de baixa carga viral nos pontos monitorados.
Evolução da carga viral no esgoto do Rio de Janeiro
Quanto à concentração viral, nos pontos monitorados no período foram observadas concentrações baixas (de 1 a 4 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) ou intermediárias (de 4 mil a 25 mil cópias por litro), indicadas respectivamente em amarelo e laranja nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados no Rio de Janeiro entre as semanas epidemiológicas 5 e 8 de 2022
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento COVID Esgotos, lançada em webinar realizado em 16 de abril de 2021 , acompanha as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho, uma das maiores iniciativas brasileiras de monitoramento da COVID-19 no esgoto, busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia atual.
Nesse sentido, os resultados gerados sobre a ocorrência do novo coronavírus no esgoto das cidades em questão podem auxiliar as autoridades locais de saúde na tomada de decisões relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da COVID-19. Também podem fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.
Com os estudos o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.
Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, constam do Boletim de Apresentação da Rede . O histórico de resultados pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis no site da ANA . Acesse também o Painel Dinâmico da Rede Monitoramento COVID Esgotos , onde são disponibilizados semanalmente os resultados para todas as regiões que integram a Rede.
A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com os seguintes parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.
Sobre os parceiros do projeto
ANA
Criada pela Lei nº 9.984/2000, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) é a agência reguladora dedicada a implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Lei das Águas, e coordenar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Com a aprovação do novo marco legal do saneamento básico pela Lei nº 14.026/2020 , também cabe ao órgão editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico.
Esse trabalho é feito por meio de ações de regulação, monitoramento, gestão e planejamento de recursos hídricos. Além disso, a ANA emite e fiscaliza o cumprimento de normas, em especial as outorgas em corpos d’água de domínio da União – interestaduais, transfronteiriços e reservatórios federais. Também é a responsável pela fiscalização da segurança de barragens de usos múltiplos das águas outorgadas pela instituição.
INCT ETEs Sustentáveis
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis) estuda questões sobre o esgoto sanitário, notadamente para países em desenvolvimento, de forma a contribuir para a promoção de mudanças estruturais e estruturantes nos serviços de esgotamento sanitário, a partir da capacitação profissional, desenvolvimento de soluções tecnológicas apropriadas às diversas realidades nacionais, construção e transmissão de conhecimento para a sociedade, órgãos governamentais e empresariais.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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