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Cargas e concentrações do novo coronavírus foram baixas ou não detectadas nos esgotos das seis capitais acompanhadas pela Rede Monitoramento COVID Esgotos
Selo da Rede Monitoramento COVID Esgotos
O Boletim de Acompanhamento nº 13/2022 da Rede Monitoramento COVID Esgotos , com dados até a semana epidemiológica 13 deste ano (de 27 de março a 2 de abril), identificou a manutenção das baixas cargas do novo coronavírus nos esgotos das seis capitais acompanhadas: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. A tendência de redução das cargas virais nos esgotos foi acompanhada pela redução do número de novos casos da COVID-19 em todas essas capitais, o que tem estimulado o abrandamento das medidas de prevenção e controle da disseminação do vírus.
Nesse cenário o monitoramento dos esgotos realizado pela Rede segue sendo uma ferramenta importante para o acompanhamento dos efeitos de tais medidas de flexibilização para a circulação do novo coronavírus. Veja as informações por cidade a seguir.
Belo Horizonte (MG)
Em Belo Horizonte, a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou uma baixa carga do novo coronavírus nos esgotos entre as semanas epidemiológicas 10 (de 6 a 12 de março) e 13 (de 27 de março a 2 de abril). Nesse período a maior carga viral foi de 9,4 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, observada na semana 11 (de 13 a 19 de março). Já a menor foi de 3,5 bilhões de cópias na semana 13. Desde o início do monitoramento na capital mineira, em abril de 2020, a maior carga foi registrada na semana epidemiológica 3 deste ano (de 16 a 22 de janeiro): 662,1 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes.
Evolução da carga viral no esgoto de Belo Horizonte
Entre as semanas epidemiológicas 10 e 13, as concentrações virais ficaram predominantemente baixas (de 1 a 4 mil cópias por litro das amostras), conforme os pontos destacados em amarelo nos mapas a seguir. Somente na semana 11 houve o registro de concentrações médias (4 mil a 25 mil cópias por litro), indicadas em laranja.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Belo Horizonte entre as semanas epidemiológicas 10 e 13 de 2022
O novo coronavírus não foi detectado em nenhum dos três pontos especiais de monitoramento da capital mineira, entre as semanas 10 e 13 de 2022, conforme a tabela a seguir. Esses pontos são o Aeroporto Internacional de Confins, um asilo e a Rodoviária de Belo Horizonte.
Concentração do novo coronavírus no esgoto dos pontos especiais de monitoramento em Belo Horizonte
Brasília (DF)
Entre as semanas epidemiológicas 10 (de 6 a 12 de março) e 13 (de 27 de março a 2 de abril), a carga do novo coronavírus nos esgotos das oito estações de tratamento de esgotos (ETEs) do Distrito Federal monitoradas se manteve baixa e no menor patamar da série histórica iniciada em março de 2021. No período a carga variou entre zero e 51,3 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, respectivamente nas semanas 12 e 10. Desde o início do monitoramento em Brasília, essa foi a primeira vez que a carga viral chegou a zero, sendo que é considerada a soma das cargas das oito estações de tratamento de esgotos (ETEs) que atendem a cerca de 80% da população do Distrito Federal.
Apesar da melhora das condições em Brasília, entre as semanas 12 e 13 a carga subiu de zero a 22,4 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, patamar considerado baixo, mas que indica o retorno da presença do novo coronavírus nos esgotos da capital federal. Na semana 13 as cargas voltaram a ser detectadas nas estações de tratamento de esgotos Brasília Sul, Brasília Norte, Melchior, Samambaia e São Sebastião.
Evolução da carga viral no esgoto do Distrito Federal
Entre as semanas epidemiológicas 10 e 13, os pontos monitorados apresentaram concentrações virais que variaram entre baixas (1 a 4 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) e intermediárias (entre 4 mil e 25 mil cópias por litro) quando foram detectadas, destacados respectivamente em amarelo e laranja abaixo. Também houve pontos onde o vírus não foi detectado, indicados em verde nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no DF entre as semanas epidemiológicas 10 e 13 de 2022
Curitiba (PR)
Na semana epidemiológica 10 (de 6 a 12 de março), Curitiba teve uma carga relativamente alta do novo coronavírus em seus esgotos: 155,3 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes, sobretudo na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Padilha Sul. Já na semana 11 (de 13 a 19 de março) houve uma forte redução dessa carga, que caiu para 27,3 bilhões de cópias, nível considerado baixo. Nas semanas 12 e 13 houve um leve aumento para patamares ainda baixos: respectivamente 33,4 e 53 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes.
Evolução da carga viral no esgoto de Curitiba
Entre as semanas 10 e 13, Curitiba registrou concentrações virais elevadas (acima de 25 mil cópias do vírus por litro das amostras) somente na semana 10, indicadas em vermelho a seguir. Nesse período de um mês, foram observadas concentrações intermediárias (de 4 mil a 25 mil cópias do vírus por litro) em todas as semanas e concentrações baixas (de 1 a 4 mil cópias por litro) nas semanas 11 e 12, respectivamente destacadas em laranja e amarelo nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Curitiba entre as semanas epidemiológicas 10 e 13 de 2022
Fortaleza (CE)
Fortaleza não registrou cargas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em seus esgotos entre as semanas epidemiológicas 10 (de 6 a 12 de março) e 13 (de 27 de março a 2 de abril) de 2022. Desde o início do monitoramento na capital cearense em junho de 2021, essa é a primeira vez que o vírus não é detectado nos esgotos de Fortaleza por quatro semanas consecutivas.
Evolução da carga viral no esgoto de Fortaleza
Entre as semanas epidemiológicas 10 e 13, a Rede Monitoramento COVID Esgotos não detectou o novo coronavírus em nenhum dos pontos de monitoramento em Fortaleza, indicados em verde nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados em Fortaleza entre as semanas epidemiológicas 10 e 13 de 2022
Recife (PE)
Em Recife, entre as semanas epidemiológicas 10 (de 6 a 12 de março) e 13 (de 27 de março a 12 de abril), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou uma baixa carga do novo coronavírus nos esgotos da cidade. Nesse período as cargas foram de 0,2; 0,3; 0,7 e zero respectivamente nas semanas 10, 11, 12 e 13. Com isso, a capital pernambucana segue com níveis muito baixos da presença do vírus em seus esgotos.
Evolução da carga viral no esgoto de Recife
Ainda nesse período de quatro semanas, Recife somente teve concentrações virais baixas (de 1 a 4 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) nas semanas epidemiológicas 11 e 12, indicados em amarelo nos mapas a seguir. Já nos pontos em verde a concentração foi igual a zero, ou seja, o vírus não foi detectado nas amostras.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Recife entre as semanas epidemiológicas 10 e 13 de 2022
Rio de Janeiro (RJ)
Nas semanas epidemiológicas 9 (de 27 de fevereiro a 5 de março) a 13 (de 27 de março a 2 de abril), a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou a permanência de baixas cargas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos esgotos do Rio de Janeiro. Nesse período a carga oscilou entre zero e 1 bilhão de cópias por dia para cada 10 mil habitantes respectivamente nas semanas 9 e 13, patamar considerado baixo.
Evolução da carga viral no esgoto do Rio de Janeiro
Quanto à concentração viral, nos pontos monitorados no período foram observadas concentrações baixas (de 1 a 4 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) ou não detectadas, indicadas respectivamente em amarelo e verde nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados no Rio de Janeiro entre as semanas epidemiológicas 9 e 13 de 2022
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento COVID Esgotos, lançada em webinar realizado em 16 de abril de 2021 , acompanha as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho, uma das maiores iniciativas brasileiras de monitoramento da COVID-19 no esgoto, busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia atual.
Nesse sentido, os resultados gerados sobre a ocorrência do novo coronavírus no esgoto das cidades em questão podem auxiliar as autoridades locais de saúde na tomada de decisões relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da COVID-19. Também podem fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.
Com os estudos o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.
Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, constam do Boletim de Apresentação da Rede . O histórico de resultados pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis no site da ANA . Acesse também o Painel Dinâmico da Rede Monitoramento COVID Esgotos , onde são disponibilizados semanalmente os resultados para todas as regiões que integram a Rede.
A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com os seguintes parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.
Sobre os parceiros do projeto
ANA
Criada pela Lei nº 9.984/2000, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) é a agência reguladora dedicada a implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Lei das Águas, e coordenar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Com a aprovação do novo marco legal do saneamento básico pela Lei nº 14.026/2020 , também cabe ao órgão editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico.
Esse trabalho é feito por meio de ações de regulação, monitoramento, gestão e planejamento de recursos hídricos. Além disso, a ANA emite e fiscaliza o cumprimento de normas, em especial as outorgas em corpos d’água de domínio da União – interestaduais, transfronteiriços e reservatórios federais. Também é a responsável pela fiscalização da segurança de barragens de usos múltiplos das águas outorgadas pela instituição.
INCT ETEs Sustentáveis
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis) estuda questões sobre o esgoto sanitário, notadamente para países em desenvolvimento, de forma a contribuir para a promoção de mudanças estruturais e estruturantes nos serviços de esgotamento sanitário, a partir da capacitação profissional, desenvolvimento de soluções tecnológicas apropriadas às diversas realidades nacionais, construção e transmissão de conhecimento para a sociedade, órgãos governamentais e empresariais.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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