Notícias
Cargas do novo coronavírus têm elevação nos esgotos de cinco capitais na última semana de abril
Logotipo da Rede Monitoramento COVID Esgotos
O Boletim de Acompanhamento nº 14/2022 da Rede Monitoramento COVID Esgotos , com dados das semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) a 17 (de 24 a 30 de abril), identificou a manutenção das baixas cargas do novo coronavírus nos esgotos de cinco das seis capitais acompanhadas: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Exceto na capital pernambucana, nas outras quatro cidades as cargas tiveram leve aumento na semana 17, após os feriados prolongados de 15 e 21 de abril, mas seguem em patamar considerado baixo. Em Curitiba a carga viral teve uma elevação significativa nesse período, o que ensejou na Nota de Alerta emitida pela Rede em 5 de maio.
O monitoramento dos esgotos realizado pela Rede segue sendo uma ferramenta importante para o acompanhamento dos efeitos das medidas de flexibilização para a circulação do novo coronavírus. Veja as informações por cidade a seguir.
Belo Horizonte (MG)
Em Belo Horizonte a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou a permanência do baixo patamar da carga do novo coronavírus nos esgotos entre as semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) e 17 (de 24 a 30 de abril). Nesse período a maior carga viral foi de 3 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, registrada na semana 14. Já a maior foi de 15,1 bilhões de cópias na semana 17. Desde o início do monitoramento na capital mineira, em abril de 2020, a maior carga foi registrada na semana epidemiológica 3 deste ano (de 16 a 22 de janeiro): 662,1 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes.
Evolução da carga viral no esgoto de Belo Horizonte
Entre as semanas epidemiológicas 16 (de 17 a 23 de abril) e 17, as concentrações virais tiveram um leve aumento no esgoto que chegou à Estação de Tratamento de Esgotos Onça (ETE Onça), atingindo um patamar intermediário: entre 4 mil e 25 mil cópias do vírus por litro das amostras, indicadas em laranja nos mapas a seguir. Nos demais pontos as concentrações ficaram num patamar baixo, entre 1 e 4 mil cópias por litro das amostras, indicadas em amarelo abaixo.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Belo Horizonte entre as semanas epidemiológicas 14 e 17 de 2022
Nos três pontos especiais de monitoramento da capital mineira, o novo coronavírus foi detectado no esgoto do Aeroporto Internacional de Confins nas semanas 14, 16 e 17. Especificamente na semana 16 (de 17 a 23 de abril), a concentração foi elevada, superando 25 mil cópias por litro das amostras. Nas outras duas semanas a concentração foi baixa, ficando abaixo de 4 mil cópias por litro. Já no asilo e na Rodoviária de Belo Horizonte o vírus não foi detectado nesse período de quatro semanas, conforme a tabela a seguir.
Concentração do novo coronavírus no esgoto dos pontos especiais de monitoramento em Belo Horizonte
Brasília (DF)
Entre as semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) e 17 (de 24 a 30 de abril), a carga do novo coronavírus nos esgotos das oito estações de tratamento de esgotos (ETEs) do Distrito Federal monitoradas se manteve baixa. No entanto, a carga subiu sistematicamente no período, passando de 11,7 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes (na semana 14) para 60,6 bilhões de cópias (na semana 17). Os feriados prolongados de 15 e 21 de abril podem estar associados a essa elevação da carga viral nos esgotos do Distrito Federal.
Evolução da carga viral no esgoto do Distrito Federal
Entre as semanas epidemiológicas 14 e 17, os pontos monitorados apresentaram concentrações virais que variaram entre não detectadas, baixas (1 a 4 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) e intermediárias (entre 4 mil e 25 mil cópias por litro), destacadas respectivamente em verde, amarelo e laranja nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no DF entre as semanas epidemiológicas 14 e 17 de 2022
Curitiba (PR)
Em Curitiba houve um aumento da carga viral nos esgotos entre as semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) e 17 (de 24 a 30 de abril), que subiu de 34,2 bilhões para 212,7 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes. Com isso, as cargas verificadas foram similares às registradas na última semana de 2021 e à segunda semana de março deste ano. Em função dessa elevação, a Rede Monitoramento COVID Esgotos emitiu a Nota de Alerta para Curitiba em 5 de maio.
Evolução da carga viral no esgoto de Curitiba
Entre as semanas epidemiológicas 14 e 15, Curitiba registrou concentrações virais predominantemente baixas (entre 1 e 4 mil cópias do vírus por litro das amostras) e moderadas (de 4 mil a 25 mil cópias por litro), indicadas respectivamente em amarelo e laranja nos mapas a seguir. Já entre as semanas 16 e 17, as concentrações observadas foram moderadas ou elevadas (acima de 25 mil cópias por litro), destacadas em vermelho nos mapas.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Curitiba entre as semanas epidemiológicas 14 e 17 de 2022
Fortaleza (CE)
Entre as semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) e 17 (de 24 a 30 de abril), Fortaleza teve uma elevação de zero para 12 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes, patamar considerado baixo. Entre as semanas 10 (de 6 a 12 de março) e 14, o vírus não foi detectado nos esgotos da capital cearense.
Evolução da carga viral no esgoto de Fortaleza
Enquanto na semana epidemiológica 14 a Rede Monitoramento COVID Esgotos não detectou o novo coronavírus em nenhum dos pontos monitorados em Fortaleza, na semana 15 houve concentrações baixas indicadas em amarelo nos mapas a seguir. Na semana epidemiológica 16 houve um predomínio de pontos sem detecção do novo coronavírus, indicados em verde. Por sua vez, a semana 17 teve o retorno de concentrações intermediárias no ponto da Estação de Pré-Condicionamento (entre 4 mil e 25 mil cópias do vírus por litro das amostras), indicado em laranja a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados em Fortaleza entre as semanas epidemiológicas 14 e 17 de 2022
Recife (PE)
Em Recife, entre as semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) e 17 (de 24 a 30 de abril), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou uma baixa carga do novo coronavírus nos esgotos da cidade. Nesse período as cargas foram de 0,2 bilhão de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes na semana 14 e de zero entre as semanas 15 e 17. Com isso, a capital pernambucana não teve a presença do vírus detectada em seus esgotos nas últimas semanas de monitoramento, sendo que no período houve uma tendência de diminuição dos casos suspeitos e confirmados de COVID-19 na capital pernambucana, conforme o gráfico a seguir.
Evolução da carga viral no esgoto de Recife
Ainda nesse período de quatro semanas, Recife teve concentrações virais baixas (de 1 a 4 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras) ou não detectadas na semana 14, indicadas respectivamente em amarelo e verde nos mapas a seguir. Entre as semanas epidemiológicas 15 e 17 houve somente pontos de monitoramento sem a presença do vírus. Por isso, os mapas estão totalmente destacados em verde.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Recife entre as semanas epidemiológicas 14 e 17 de 2022
Rio de Janeiro (RJ)
Nas semanas epidemiológicas 14 (de 3 a 9 de abril) a 17 (de 24 a 30 de abril), a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou a permanência de baixas cargas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos esgotos do município do Rio de Janeiro. Nesse período a maior carga foi de 0,9 bilhão de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, registrada na semana 15 (de 10 a 16 de abril). Na semana 16 (de 17 a 23 de abril) a carga caiu para o menor valor das últimas quatro semanas de monitoramento: 0,1 bilhão de cópias por dia para cada 10 mil habitantes.
Evolução da carga viral no esgoto do Rio de Janeiro
Nos pontos monitorados na capital fluminense, entre as semanas 14 e 17, houve dois tipos de situação: ou o vírus não foi detectado ou teve baixas concentrações (entre 1 e 4 mil cópias por litro das amostras), o que está respectivamente indicado em verde e amarelo nos mapas a seguir. Especificamente na semana 17, após o Carnaval, todos os pontos monitorados tiveram registro da presença do vírus – mesmo com baixas concentrações – o que não acontecia desde a semana epidemiológica 3 (de 16 a 22 de janeiro).
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados no Rio de Janeiro entre as semanas epidemiológicas 14 e 17 de 2022
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento COVID Esgotos, lançada em webinar realizado em 16 de abril de 2021 , acompanha as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho, uma das maiores iniciativas brasileiras de monitoramento da COVID-19 no esgoto, busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia atual.
Nesse sentido, os resultados gerados sobre a ocorrência do novo coronavírus no esgoto das cidades em questão podem auxiliar as autoridades locais de saúde na tomada de decisões relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da COVID-19. Também podem fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.
Com os estudos o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.
Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, constam do Boletim de Apresentação da Rede . O histórico de resultados pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis no site da ANA . Acesse também o Painel Dinâmico da Rede Monitoramento COVID Esgotos , onde são disponibilizados semanalmente os resultados para todas as regiões que integram a Rede.
A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com os seguintes parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.
Sobre os parceiros do projeto
ANA
Criada pela Lei nº 9.984/2000, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) é a agência reguladora dedicada a implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Lei das Águas, e coordenar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Com a aprovação do novo marco legal do saneamento básico pela Lei nº 14.026/2020 , também cabe ao órgão editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico.
Esse trabalho é feito por meio de ações de regulação, monitoramento, gestão e planejamento de recursos hídricos. Além disso, a ANA emite e fiscaliza o cumprimento de normas, em especial as outorgas em corpos d’água de domínio da União – interestaduais, transfronteiriços e reservatórios federais. Também é a responsável pela fiscalização da segurança de barragens de usos múltiplos das águas outorgadas pela instituição.
INCT ETEs Sustentáveis
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis) estuda questões sobre o esgoto sanitário, notadamente para países em desenvolvimento, de forma a contribuir para a promoção de mudanças estruturais e estruturantes nos serviços de esgotamento sanitário, a partir da capacitação profissional, desenvolvimento de soluções tecnológicas apropriadas às diversas realidades nacionais, construção e transmissão de conhecimento para a sociedade, órgãos governamentais e empresariais.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
|
Facebook
|
Instagram
|
Twitter
|
YouTube
|
LinkedIn