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Cargas do novo coronavírus diminuem nos esgotos de seis capitais nas últimas semanas
Logotipo da Rede Monitoramento COVID Esgotos
O Boletim de Acompanhamento nº 17/2022 da Rede Monitoramento COVID Esgotos , com dados das semanas epidemiológicas 26 a 29 (de 26 de junho a 23 de julho), informa que as seis capitais acompanhadas – Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro – registraram a redução da carga do novo coronavírus em seus esgotos nesse período. Apesar disso, as concentrações virais em pontos de monitoramento de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Fortaleza seguem elevadas.
No cenário de pandemia, o monitoramento dos esgotos realizado pela Rede segue sendo uma ferramenta para o acompanhamento dos efeitos das medidas de flexibilização para a circulação do novo coronavírus. Veja as informações por cidade a seguir.
Belo Horizonte (MG)
Em Belo Horizonte a Rede Monitoramento COVID Esgotos verificou uma tendência de redução das cargas virais, que caíram de 303,9 bilhões para 34,8 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes entre as semanas epidemiológicas 26 (de 26 de junho a 2 de julho) e 29 (de 17 a 23 de julho). Desde o início do monitoramento na capital mineira, em abril de 2020, a maior carga foi registrada na semana epidemiológica 3 deste ano (de 16 a 22 de janeiro): 662,1 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes.
Evolução da carga viral no esgoto de Belo Horizonte
Entre as semanas epidemiológicas 26 e 29, as concentrações do novo coronavírus em Belo Horizonte variaram entre moderadas (de 4 mil a 25 mil cópias do vírus por litro) e elevadas (acima de 25 mil cópias por litro), representadas respectivamente em laranja e vermelho nos mapas a seguir. Em todo esse período o ponto de monitoramento Interceptor Córrego Cardoso registrou concentrações virais elevadas.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Belo Horizonte entre as semanas epidemiológicas 26 e 29 de 2022
Nos três pontos especiais de monitoramento da capital mineira, entre as semanas 26 e 29, o novo coronavírus foi detectado sobretudo com concentrações virais moderadas no asilo acompanhado, no Aeroporto Internacional de Confins e na Rodoviária de Belo Horizonte monitorada, conforme a tabela a seguir.
Concentração do novo coronavírus no esgoto dos pontos especiais de monitoramento em Belo Horizonte
Brasília (DF)
Entre as semanas epidemiológicas 26 (de 26 de junho a 2 de julho) e 29 (de 17 a 23 de julho), a carga do novo coronavírus nos esgotos das sete estações de tratamento de esgotos (ETEs) do Distrito Federal monitoradas apresentou uma redução sistemática. No período a carga viral caiu de 1,14 trilhão para 111,2 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes, ou seja, dez vezes menos. Entre as semanas 26 e 29, os novos casos de COVID-19 confirmados acompanharam a tendência das cargas virais no esgoto do DF.
Evolução da carga viral no esgoto do Distrito Federal
Na semana epidemiológica 26, as concentrações virais foram predominantemente elevadas (acima de 25 mil cópias virais por litro das amostras) nas sete estações de tratamento de esgotos monitoradas, o que está representado em vermelho nos mapas a seguir. Até a semana 29 as concentrações foram diminuindo e passaram a ser principalmente moderadas (de 4 mil a 25 mil cópias por litro), indicadas em laranja abaixo. Enquanto as estações São Sebastião e Gama registraram concentrações elevadas em todo o período entre as semanas 26 e 29, as estações Brasília Sul, Brasília Norte, Planaltina, Riacho Fundo e Melchior tiveram a redução das concentrações virais.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas no DF entre as semanas epidemiológicas 26 e 29 de 2022
Curitiba (PR)
Em Curitiba, entre as semanas epidemiológicas 26 (de 26 de junho a 2 de julho) e 29 (de 17 a 23 de julho), foi registrada uma variação entre 405,8 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes (semana 26) e 139,6 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes (semana 28). Essa carga subiu para 245,4 bilhões de cópias na semana epidemiológica 29 – patamar considerado elevado.
Evolução da carga viral no esgoto de Curitiba
Entre as semanas epidemiológicas 26 e 29, Curitiba concentrações virais consideradas elevadas (acima de 25 mil cópias do vírus por litro das amostras) ou moderadas (de 4 mil a 25 mil cópias por litro), conforme destacado respectivamente em vermelho e laranja nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Curitiba entre as semanas epidemiológicas 26 e 29 de 2022
Fortaleza (CE)
Entre as semanas epidemiológicas 26 (de 26 de junho a 2 de julho) e 29 (de 17 a 23 de julho), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou uma redução da carga viral de 1,35 trilhão para 503,2 bilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes. Esse patamar de carga viral observado na capital cearense ainda é considerado elevado.
Evolução da carga viral no esgoto de Fortaleza
Entre as semanas 26 e 29, as concentrações virais em todos os pontos monitorados em Fortaleza foram elevadas (acima de 25 mil cópias do vírus por litro das amostras), conforme indicado em vermelho nos mapas a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados em Fortaleza entre as semanas epidemiológicas 26 e 29 de 2022
Recife (PE)
Em Recife, entre as semanas epidemiológicas 26 (de 26 de junho a 2 de julho) e 29 (de 17 a 23 de julho), a Rede Monitoramento COVID Esgotos registrou uma redução da carga viral de 7,5 bilhões para 3 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes. Tais cargas observadas na capital pernambucana são consideradas baixas.
Evolução da carga viral no esgoto de Recife
Em termos de concentrações virais, o novo coronavírus foi detectado em concentrações baixas (de 1 a 4 mil cópias virais por litro das amostras) ou não foi detectado nos pontos monitorados em Recife entre as semanas epidemiológicas 26 e 29, o que está destacado respectivamente nos pontos em amarelo e verde a seguir.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nas ETEs monitoradas em Recife entre as semanas epidemiológicas 26 e 29 de 2022
Rio de Janeiro (RJ)
Nas semanas epidemiológicas 26 (de 26 de junho a 2 de julho) e 29 (de 17 a 23 de julho), a Rede Monitoramento COVID Esgotos observou a permanência de baixas cargas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos esgotos do município do Rio de Janeiro. Nesse período a maior carga foi de 1,6 bilhão de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, registrada na semana 27 (de 3 a 9 de julho). Já nas semanas 26 e 29 o vírus não foi detectado.
Evolução da carga viral no esgoto do Rio de Janeiro
Nos pontos monitorados na capital fluminense, entre as semanas 27 e 29, houve dois tipos de situação: ou o vírus não foi detectado ou teve baixas concentrações (entre 1 e 4 mil cópias por litro das amostras), o que está respectivamente indicado em verde e amarelo nos mapas a seguir. No caso da semana epidemiológica 29, nenhum ponto registrou a presença de concentrações do novo coronavírus.
Distribuição espacial das concentrações do novo coronavírus nos pontos monitorados no Rio de Janeiro entre as semanas epidemiológicas 27 e 29 de 2022
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento COVID Esgotos acompanha as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia atual.
Nesse sentido, os resultados gerados sobre a ocorrência do novo coronavírus no esgoto das cidades em questão podem auxiliar as autoridades locais de saúde na tomada de decisões relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da COVID-19. Também podem fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.
Com os estudos o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.
Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, constam do Boletim de Apresentação da Rede . O histórico de resultados pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis no site da ANA . Acesse também o Painel Dinâmico da Rede Monitoramento COVID Esgotos , onde são disponibilizados semanalmente os resultados para todas as regiões que integram a Rede.
A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com os seguintes parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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