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No último mês o DF foi a única unidade da Federação livre de seca. Fenômeno se intensificou em estados do Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Tocantins. Em Alagoas e Sergipe houve o abrandamento da seca.
Área com seca aumenta em seis estados do Centro-Sul e fenômeno se intensifica em 15 unidades da Federação monitoradas em julho
Em julho deste ano, em comparação a junho, as áreas com seca tiveram aumento em seis das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas : Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Outros 14 estados não tiveram variação da área com seca (Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins), enquanto o Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde fevereiro.
Em 11 estados, 100% de seus territórios registraram seca em julho: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Exceto o DF, que não teve registro de seca no último mês, as demais nove unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 57,6% e 99,3% de suas áreas com o fenômeno.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Em termos de severidade do fenômeno, 15 estados tiveram uma intensificação da seca em julho: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Nos casos de Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, foi verificada a situação de seca mais severa no histórico de cada um deles no Monitor.
A região entre o noroeste paulista e o Triângulo Mineiro segue sendo a única com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor. Além disso, São Paulo continua sendo a unidade da Federação com maior intensidade do fenômeno, já que aproximadamente 38% do estado registraram seca extrema ou excepcional no último mês. Por outro lado, Alagoas e Sergipe tiveram abrandamento da situação de seca, enquanto o DF segue sem o fenômeno desde fevereiro.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste houve a expansão da área com seca grave no Rio Grande do Norte e na Paraíba, assim como o avanço da seca moderada no Piauí, Maranhão e Bahia – onde também ocorreu intensificação do fenômeno no centro e no sul do território baiano, passando de seca moderada para grave.
Já no Sudeste todos os estados registraram piora na condição de seca, devido à persistência de chuvas abaixo da média. Com isso, houve aumento da área com seca fraca em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A intensificação da seca foi registrada em várias áreas da região, com destaque para o sul, oeste e norte de Minas Gerais; leste e oeste paulista; e norte do Espírito Santo.
A Região Sul, devido às chuvas abaixo da média e piora nos indicadores do fenômeno, teve um aumento da área com seca grave no Paraná e da área com seca moderada no Rio Grande do Sul. Além disso, houve o surgimento da seca fraca no litoral do Paraná e em parte do leste catarinense.
Na Região Centro-Oeste, devido à piora nos indicadores de seca, o fenômeno se agravou. Nesse sentido, houve o avanço da seca grave em Goiás e Mato Grosso do Sul e da seca fraca em Mato Grosso, que entrou no Mapa do Monitor de Secas de junho deste ano e é a mais nova unidade da Federação acompanhada. Em Tocantins, por enquanto o único estado do Norte monitorado, houve o avanço das secas moderada e grave no centro e no sul do estado, devido às chuvas abaixo da média e à piora dos indicadores.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.