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ANA realiza II Oficina de Autoria do Mapa do Monitor de Secas
Professor Francisco de Assis faz apresentação durante a II Oficina de Autoria - Foto: Marcela Coelho / Banco de Imagens ANA
Raylton Alves com colaboração de Natália Batista
A Agência Nacional de Águas (ANA) promove, em sua sede, em Brasília, a II Oficina de Autoria do Mapa do Monitor de Secas entre 24 e 25 de setembro. O objetivo do evento é formar novos autores do mapa do Monitor, assim como capacitar a atual equipe de autoria num contexto de expansão do projeto para outras regiões do Brasil que apresentam novos desafios em função da diversidade climática do País.
Nesta terça-feira, 24, o superintendente de Operações e Eventos Críticos da ANA, Joaquim Gondim, e a superintendente adjunta da área, Ana Paula Fioreze, abriram o evento juntamente com o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), Eduardo Martins.
Durante o evento são abordados diversos temas, como: monitoramento de secas, indicadores de seca de curto e longo prazos no Monitor de Secas, principais sistemas climáticos e meteorológicos do Brasil e sua representação nos indicadores e produtos de apoio do Monitor, ocorrência de chuvas e involução de secas, evolução continuada de secas, representação de seca e início de estiagem, dentre outros assuntos.
Entre os palestrantes estarão presentes Caio Augusto Coelho, que atualmente é pesquisador titular do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e Francisco de Assis de Souza Filho, que atua como professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e cientista chefe na área de recursos hídricos na Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).
Participam desta capacitação servidores da ANA; FUNCEME; INPE; Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA/BA); Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC); Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM); Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER); Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH/ES); Universidade de São Paulo (USP); UFC; dentre outros.
O Monitor de Secas
O Monitor de Secas é uma ferramenta de acompanhamento regular e periódico da situação de seca, que é coordenada nacionalmente pela ANA. O serviço também é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e conta com apoio operacional da FUNCEME. Os resultados do Monitor de Secas são divulgados por meio do mapa mensal, que consolida o diagnóstico da situação de seca a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras.
Utilizados como informação e suporte às políticas públicas de combate à seca, o mapa e demais produtos do Monitor de Secas promovem o monitoramento regular e periódico da situação da seca nos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo. Por meio deste desse acompanhamento é possível compartilhar informações e bases de dados, uniformizando o entendimento do fenômeno da seca e acompanhando sua evolução, classificando-a segundo o grau de severidade dos impactos observados.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, região historicamente mais afetada por eventos deste tipo. No final de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por fenômenos dessa natureza, foi iniciada a expansão da ferramenta para a inclusão de outros estados. Em novembro de 2018, Minas Gerais foi incorporado ao processo. A partir de abril deste ano o Espírito Santo passou a participar do projeto.
O Monitor de Secas foi inspirado no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada no processo implica na indicação das áreas em condição de seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada região são estabelecidas em relação ao seu próprio histórico.
Instituições participantes
A ANA coordena a articulação nacional do Monitor de Secas trabalhando em parceria com as seguintes instituições estaduais: Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA/PB), Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (COGERH/CE), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE) Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), Instituto Agronômico de Pernambuco (IAP), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA/BA), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade de Sergipe (SEDURBS/SE), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (SEMARH/AL), Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (NuGeo), Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Espírito Santo (CEPDEC/ES), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (AGERH), Companhia Espírito-santense de Saneamento (CESAN), a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO) e Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil de Sergipe.
O Monitor de Secas também conta com apoio de instituições federais, como o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Federal de Sergipe (IFS), Embrapa Tabuleiros Costeiros (EMBRAPA/CPATC) e Fundação de Apoio a Serviços Técnicos, Ensino e Fomento a Pesquisas (Fundação ASTEF). Entidades internacionais também apoiam o projeto, como o Banco Mundial; o Centro Nacional de Mitigação de Secas da Universidade de Nebraska, dos Estados Unidos; e a Comissão Nacional da Água do México (CONAGUA).