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ANA e instituições dos Estados Unidos realizam série de workshops sobre sistemas de transposição de água
Rio São Francisco - Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA
Em parceria com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês) e com o Bureau of Reclamation (BoR), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realiza uma série de workshops com o tema Operação, Controle, Manutenção e Monitoramento de Sistemas de Transposição de Água. O primeiro dos cinco encontros aconteceu em 12 de março, com 107 participantes, e abordou a temática Planejamento e Implementação de Infraestruturas Hídricas. Assista à gravação do evento pelo canal da ANA no YouTube, que contou com as participações de Oscar Cordeiro Netto e Ricardo Andrade, diretores da Agência.
O próximo workshop está agendado para 9 de abril com o tema Operação e Manutenção de Grandes Projetos – Rio Colorado e Central Arizona Project (CAP). Ainda em abril haverá mais dois encontros: um no dia 23 sobre Financiamento e Aspectos do Contrato do CAP e outro no dia 30 sobre Operação e Manutenção de Grandes Projetos – Central Valley (CVP). Por fim, em 7 de maio, acontecerá o workshop com a temática do Financiamento e Aspectos de Contrato do CVP. Todos os encontros acontecem por meio de videoconferência das 14h às 17h.
Durante a série de workshops serão estudados os casos dos sistemas de transposição do Central Valley Project, no estado da Califórnia, e do Central Arizona Project, que fica no estado do Arizona. Os especialistas estadunidenses compartilharão sua experiência em ambos os projetos de transposição, que têm pontos em comum com o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).
Por isso, representantes de instituições gestoras dos quatro estados beneficiários da transposição do São Francisco – Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte – participam da série de eventos. Gestores do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), órgão responsável pela construção do empreendimento, e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), operadora federal do PISF, também estão presentes nos workshops.
A Universidade de Brasília (UnB) participa em virtude de um Termo de Execução de Descentralizada (TED) entre a instituição de ensino superior e a ANA sobre a regulação econômica do PISF. O Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) participa com representantes de 15 instituições acadêmicas. Além disso, o ProfÁgua apoia a série de workshops, que é realizada no contexto do Acordo de Cooperação firmado entre a ANA, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e o USGS em 2015.
A parceria entre a Agência e o USGS engloba atividades voltadas para a gestão e operação da rede hidrometeorológica, medição de vazões, análises e modelagem de qualidade da água, estimativa de usos do recurso, questões relacionadas à fiscalização de segurança de barragens e de recursos hídricos, além do monitoramento de águas subterrâneas.
O PISF
O objetivo do PISF é levar água do rio São Francisco a 12 milhões de pessoas em 390 municípios no Ceará, na Paraíba, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, estados vulneráveis à seca. O Projeto também busca beneficiar 294 comunidades rurais às margens dos canais. O empreendimento abrange a construção de 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 28 reservatórios, nove subestações de 230 quilowatts, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis. O Eixo Leste tem 217 quilômetros, passando por Pernambuco e Paraíba. O Eixo Norte tem 260km e corta municípios de Pernambuco, Ceará e Paraíba.
No Eixo Norte, as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco passam pelos seguintes municípios: Cabrobó, Salgueiro, Terranova e Verdejante, em Pernambuco; Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e Barro, no Ceará; São José de Piranhas, Monte Horebe e Cajazeiras, na Paraíba. Já no Eixo Leste, o empreendimento atravessa os municípios pernambucanos de Floresta, Custódia, Betânia e Sertânia; e a cidade paraibana de Monteiro.