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ANA e estados participantes avaliam Monitor de Secas
- Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA
Natália Batista sob supervisão de Raylton Alves
Nesta terça-feira, 4 de março, aconteceu na Agência Nacional de Águas (ANA) a II Reunião de Avaliação do Monitor de Secas – Uso Efetivo para Tomada de Decisão. Realizado pela ANA, em parceria com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o evento ocorreu na sede da Agência em Brasília. A reunião teve como objetivo apresentar os avanços do projeto, incentivar a utilização do Mapa do Monitor como ferramenta de tomada de decisão para o enfrentamento das secas nos estados e pactuar metas para 2020.
Durante a manhã desta quarta-feira, a especialista em recursos hídricos da ANA Priscila Gonçalves realizou uma avaliação do Monitor de Secas no ciclo 2018/2019. A superintendente adjunta de Operações e Eventos Críticos, Ana Paula Fioreze, falou sobre as perspectivas para o ciclo 2020/2021 e o processo de expansão do Monitor de Secas, que deve chegar a Goiás e Rio de Janeiro ainda este ano. No fim da manhã, a coordenadora de Articulação com o Sistema Nacional e Defesa Civil da ANA, Alessandra Daibert, abordou a integração do Monitor com as Salas de Situação.
No início da tarde, o presidente da FUNCEME, Eduardo Martins, falou a respeito das potencialidades de utilização dos produtos do Monitor e incorporação das informações geradas. Na sequência o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Armin Augusto Braun, abordou a utilização da ferramenta pela Defesa Civil Nacional. A coordenadora da Gerência-Geral de Estratégia da ANA, Bruna Craveiro, e o especialista em recursos hídricos Márcio Nóbrega fizeram apresentação sobre exemplos de uso e de decisões com base no Monitor de Secas nos Estados Unidos.
A professora do Instituto Federal de Sergipe (IFS) Tatiana Máximo e o coordenador de Meteorologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Hugo Ely, tiveram espaço para falar sobre o uso efetivo do Monitor de Secas respectivamente em Sergipe e no Espírito Santo. Ao término da reunião, os participantes dos órgãos estaduais puderam compartilhar suas perspectivas em termos de avanços, dificuldades, demandas e expectativas no contexto do Monitor.
Participaram do encontro cerca de 50 especialistas de diversas instituições, como: Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA/PB), Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH/ES), ANA, Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), CENAD, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (CIMEHGO), Defesa Civil do Espírito Santo, Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMPARN) e FUNCEME.
Também participaram representantes do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM); INCAPER; Instituto Estadual do Ambiente (INEA/RJ); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA); Instituto Nacional de Meteorologia (INMET); Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO/MS); Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (SEDURBS/SE); Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH/AL); Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR); Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH/RN); e Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
O Monitor de Secas
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA) desde 2017, com o apoio da FUNCEME, e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 12 estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Tocantins) a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Esse e outros produtos do projeto podem ser acessados em monitordesecas.ana.gov.br ou pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível para dispositivos móveis com sistemas Android e iOS.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por este tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para a inclusão de estados de outras regiões. Em novembro de 2018 e em junho de 2019, Minas Gerais e Espírito Santo foram incorporados. Em janeiro de 2020, foi a vez de Tocantins entrar no Mapa do Monitor.
O Monitor de Secas foi concebido com base no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.