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ANA e CPRM lançam inédito manual para padronizar operação de estações hidrométricas da Rede Hidrometeorológica Nacional
Como resultado de uma parceria entre a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), as duas instituições federais produziram o Manual para Levantamentos Topobatimétricos e Geodésicos Aplicados na Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). O material está disponível para acesso gratuito no site da ANA com foco em profissionais que atuam nas instituições públicas e privadas que operam a RHN, além de profissionais, pesquisadores e estudantes que utilizam dados coletados na RHN.
Por meio da topobatimetria, é possível, por exemplo, determinar as massas d’água presentes em seções de rios, lagos e reservatórios. Já a geodésia permite o estudo da variação, em termos de posição e de tempo, dos objetos na superfície do planeta.
Com o material produzido, a ANA e o CPRM buscam documentar os procedimentos topobatimétricos e geodésicos que devem ser aplicados na operação das estações hidrológicas pertencentes à Rede Hidrometeorológica Nacional, que possui quase 23 mil estações de monitoramento em todo o País e cujo cadastro pode ser consultado em http://www.snirh.gov.br/hidroweb/download.
O novo manual apresenta os equipamentos, metodologias de levantamento, erros de fechamento permitidos, retificações instrumentais necessárias, frequência de execução das atividades, fichas e formulários de campo, modelos construtivos das referências de nível e das seções de réguas linimétricas (utilizadas para medir o nível d’água), dentre outros aspectos de interesse.
Em seu primeiro capítulo, o Manual traz informações sobre elementos físicos de uma estação fluviométrica, que monitora nível e vazão de rios. Também há uma abordagem sobre nivelamento geométrico, necessário para boa operação das estações, assim como exemplos práticos sobre os temas abordados.
Já o segundo capítulo aborda os levantamentos planialtimétricos tanto para as estações fluviométricas quanto para as pluviométricas (que monitoram chuvas). Tais levantamentos indicam a altitude em relação ao nível do mar ou outra referência, assim como a localização do ponto de monitoramento.
O terceiro capítulo contém informações sobre levantamentos das seções transversais, necessários para o monitoramento de vazões em rios, contemplando as áreas secas e molhadas no contexto do monitoramento realizado por meio da RHN.
O processo de construção do Manual contou com a participação de profissionais de campo e escritório, seja na etapa de elaboração do documento base ou no processo de revisão. O trabalho visou a conciliar a experiência dos técnicos em hidrometria no campo aos conceitos teóricos dos temas abordados de modo a garantir a maior confiabilidade e a rastreabilidade dos dados de nível e vazão dos rios publicados pela RHN.
Para acessar de forma rápida o Manual Levantamentos Topobatimétricos e Geodésicos aplicados na Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) e a apresentação utilizada no dia do lançamento é só clicar nos links a seguir.
ANA e a RHN
Sob responsabilidade direta da ANA há mais de 2,2 mil estações fluviométricas (nível e vazão de rios) e 2,7 mil pluviométricas (chuvas), sendo que 75% dessa rede de estações é operada pelo CPRM por meio da celebração de Termo de Execução Descentralizada (TED). Por meio dessa parceria, a ANA dispõe recursos financeiros e equipamentos, enquanto o CPRM coloca à disposição empregados para execução do objeto pactuado, operação das estações e análise das séries históricas.
Também há estações sedimentométricas (que acompanham a quantidade de sedimentos), de qualidade da água, entre outras variáveis hidrológicas. Para acessar dados das estações telemétricas (em tempo real), acesse: www.snirh.gov.br/hidrotelemetria. Já as séries históricas das estações convencionais estão disponíveis em: http://www.snirh.gov.br/hidroweb/serieshistoricas.