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Alteração da cota da UHE de Ilha Solteira voltará a ser analisada
Banco de Imagens/ANA
A Agência Nacional de Águas reuniu hoje, 09/11, representantes do setores elétrico, de navegação e produtivo com interesse na hidrovia Tietê-Paraná para discutir as condições de operação dos reservatórios dessa bacia decorrentes do baixo volume de chuvas na região. O debate sobre medidas de ajuste nas vazões defluentes e níveis mínimos dos reservatórios de Jupiá, Porto Primavera e Ilha Solteira começou em reunião convocada pela ANA em 17 de outubro, quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) propôs flexibilizar a atual cota mínima de 325,40 metros no lago da UHE de Ilha Solteira, fixada no edital de licitação da hidrelétrica. Uma segunda reunião sobre o tema aconteceu no dia 31 de outubro.
O ONS propõe reduzir as descargas para preservar o volume de água acumulado nos reservatórios localizados nas cabeceiras das bacias formadoras do rio Paraná (rios Paranaíba e Grande), já as chuvas ocorridas na região têm sido abaixo da média histórica para o período e, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), sem perspectiva de alteração desse quadro nas próximas duas semanas.
Para os representantes do setor de navegação, cotas abaixo de 325,40 podem inviabilizar a navegação na hidrovia Tietê-Paraná, a exemplo do ocorrido durante a crise hídrica de 2014/2015, quando a hidrovia fechou por vinte meses.
Com as chuvas dos últimos dias na bacia, as novas simulações feitas apontaram para um cenário um pouco mais favorável de acumulação nos reservatórios, permitindo manter a operação atual. Uma nova reunião foi marcada para 22 de novembro às 10 horas, na sede da ANA, quando as condições hidrológicas e a situação dos reservatórios serão novamente avaliadas para decisão sobre a redução da cota mínima em Ilha Solteira.
Cerca de 50 pessoas participaram da reunião, entre representantes dos setores elétrico e de navegação e poderes público federal, dos estados e municípios envolvidos.