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Agência realiza reunião em Aracaju (SE) para avaliar atuação do Bloco Nordeste do Monitor de Secas do Brasil
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram a 4ª Reunião de Avaliação do Monitor de Secas. O evento aconteceu nos dias 5 e 6 de novembro, no Auditório da Companhia de Desenvolvimento Econômico (CODISE), em Aracaju (SE), e contou com o apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas de Sergipe (SEMAC).
O evento foi promovido com o objetivo discutir os impactos de seca relatados pelos estados nordestinos e sua relação com a falta de estrutura hídrica nessas localidades. Além disso, o encontro foi realizado para avaliar como esses impactos têm influenciado os ajustes no traçado do fenômeno ao longo dos últimos anos e repensar as situações em que é adequado agravar ou perdurar uma seca no Mapa do Monitor que só é justificada pelos impactos observados.
Outro objetivo da 4ª Reunião de Avaliação do Monitor de Secas foi incentivar uma discussão de como desvincular o uso do Mapa do Monitor para justificar a descontinuidade da Operação Carro Pipa (OCP) em áreas em que há escassez de água. Por outro lado, o evento foi uma oportunidade de propor melhorias na interação entre autores e validadores do Bloco Nordeste e avaliar os pontos fracos do processo de elaboração do Mapa e a necessidade de ajuste nos protocolos utilizados no programa para esse bloco formado pelos estados nordestinos.
No primeiro dia do evento foram realizadas as apresentações das instituições autoras do Mapa do Monitor na região: a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), a Instituição do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA) e a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). Em seguida aconteceram as apresentações das instituições validadoras no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Maranhão e Piauí. Encerrando o primeiro dia houve uma palestra sobre o estado atual do Banco de Impactos do Monitor de Secas do Brasil.
Já no segundo dia foi realizada uma exposição da visão sobre os impactos de seca no Nordeste, em que cada estado fez sua apresentação sobre o assunto. Participaram da reunião os representantes de todos os estados do Nordeste, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) e das Defesas Civis de Sergipe, Bahia, Ceará e Pernambuco.
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O programa tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes dessa iniciativa e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa ação foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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