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Agência discute saneamento básico em seminário promovido pela ABES e INCT ETEs Sustentáveis
Na manhã desta quinta-feira, 12 de agosto, o diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) Marcelo Cruz representou a instituição na abertura do 3º Seminário Nacional ETEs Sustentáveis – Contribuições do INCT ETEs Sustentáveis para o Setor de Saneamento. O dirigente da ANA abriu o evento junto com o coordenador do INCT ETEs Sustentáveis e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carlos Chernicharo.
Também participaram da abertura o presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Alceu Bittencourt; a diretora de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Maria Zaira Turchi; e o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), Paulo Sérgio Beirão.
O diretor Marcelo Cruz falou sobre a importância do trabalho desenvolvido pela Rede Monitoramento COVID Esgotos, que acompanha a carga e a concentração do novo coronavírus nos esgotos de seis capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Os dados gerados pela Rede podem ser acessados no site da ANA.
“O projeto visa a comunicar, de maneira didática, à população e às autoridades de saúde, informações importantes sobre a evolução qualitativa da circulação do vírus nas diferentes cidades monitoradas, sinalizando situações de agravamento ou atenuação da pandemia em regiões específicas. Ele contempla diferentes realidades regionais, estabelecendo bases para o que futuramente poderá se constituir num programa nacional de vigilância epidemiológica a partir do monitoramento do esgoto”, explicou Marcelo Cruz.
O encontro é promovido em parceria entre o INCT ETEs Sustentáveis e a ABES, entre 12 e 13 de agosto, e tem transmissão por meio do link https://www.youtube.com/watch?v=bRjKIvzE3dg. Durante o 3º Seminário, serão abordados o trabalho da Rede Monitoramento COVID Esgotos e as coletâneas de notas técnicas produzidas no âmbito do INCT ETEs Sustentáveis e que serão publicadas nos Cadernos Técnicos da Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, que é editada pela ABES.
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento COVID Esgotos, lançada em webinar realizado em 16 de abril, acompanha as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto das regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho, uma das maiores iniciativas brasileiras de monitoramento da COVID-19 no esgoto, busca fornecer subsídios para auxiliar a tomada de decisões para o enfrentamento da pandemia atual por parte das autoridades locais.
A Rede Monitoramento COVID Esgotos tem o objetivo de acompanhar a presença do novo coronavírus nas amostras de esgoto coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário das seis capitais e cidades que integram suas regiões metropolitanas. A Rede busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia de COVID-19.
Com os estudos, o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.
A vigilância do novo coronavírus no esgoto também pode auxiliar nas tomadas de decisão relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da COVID-19. Pode, ainda, fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.
A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do CNPq e conta com os seguintes parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.