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BRASIL SAUDÁVEL
Coordenações estaduais e municipais da tuberculose se reúnem em Brasília
Nos dias 16 e 17 de outubro, o Ministério da Saúde realizou em Brasília a reunião anual das coordenações estaduais e municipais (de capitais) de tuberculose. O evento reuniu cerca de 52 coordenadores de todo o país para discutir a situação da tuberculose no Brasil, alinhar estratégias e recomendações nacionais para sua eliminação e compartilhar experiências bem-sucedidas.
Durante a abertura do evento, o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), Draurio Barreira, destacou a iniciativa do Programa Brasil Saudável para a eliminação de doenças determinadas socialmente, como é o caso da tuberculose. “Estamos coordenando o processo do Brasil Saudável, um programa ambicioso que visa a eliminação, enquanto problemas de saúde pública, de 11 doenças e cinco infecções de transmissão vertical em seis anos”.
Para o diretor, embora a tuberculose esteja entre as doenças mais complexas para o alcance das metas de eliminação como problema de saúde pública, também estão ocorrendo diversas inovações importantes na área. “Tivemos na semana passada o Fórum Global sobre Vacinas contra a Tuberculose, e estamos vendo vários avanços nas áreas de prevenção, tratamento e diagnóstico que nos dão impulso e esperança para a eliminação da doença no Brasil”.
A coordenadora-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde, Fernanda Dockhorn, apresentou um panorama da doença no país. Ela destacou os desafios enfrentados durante a pandemia de covid-19, mas ressaltou que o Brasil alcançou um índice de 83% de detecção da tuberculose, segundo a Organização Mundial da Saúde. “Para reduzir a mortalidade, é essencial garantir diagnósticos mais rápidos, permitindo o início imediato do tratamento”, explicou.
Incentivo financeiro para a tuberculose
Neste ano, a tuberculose passou a fazer parte da Política de Incentivo às Ações de Vigilância, Prevenção e Controle de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, com um aporte de R$ 100 milhões. No primeiro dia da reunião, a consultora técnica da Coordenação Geral de Vigilância da Tuberculose (CGTM), Tiemi Arakawa, explicou como esse incentivo pode ser utilizado para fortalecer e expandir as ações de vigilância da doença nos territórios.
O debate contou também com a participação de Katiuska Negrello, do Programa Municipal de Controle da Tuberculose de Curitiba, e Juliana Taques, do Programa Estadual de Controle da Tuberculose do Paraná, que compartilharam experiências bem-sucedidas no uso desses recursos para aprimorar o controle da tuberculose em suas regiões.
Lorany Silva
Ministério da Saúde