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Saúde proporciona diálogo sobre o papel da comunicação de base na resposta à tuberculose
Na última quinta-feira (14), foi realizado o webinar Sociedade Civil na Agenda de Eliminação da Tuberculose: O Papel da Comunicação e da Mobilização Social. O encontro reuniu membros da sociedade civil em uma troca de experiências sobre iniciativas de comunicação e educação que visam informar o público sobre a doença.
O evento, promovido pela Coordenação Geral de Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM) do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) e pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), contou com a moderação de José Carlos Veloso e Eri Ishimoto, ambos representantes da Rede Paulista de Controle Social da Tuberculose.
As palestras do webinar foram apresentadas por Liandro Lindner, representante da Articulação Social Brasileira para o Enfrentamento da Tuberculose, expondo o contexto histórico das campanhas de saúde sobre a doença desde o século 19 até os dias de hoje; por Jô Menezes, da Parceria Brasileira contra a Tuberculose, apresentando a plataforma digital One Impact, que está sendo adaptada para o Brasil e permite acesso a serviços e informações para pessoas com tuberculose; e por Wanda Guimarães, do Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), cuja apresentação reuniu exemplos de estratégias de comunicação utilizadas pelo Cedaps em comunidades do Rio de Janeiro.
Durante o evento, José Carlos Veloso apontou os desafios e oportunidades da comunicação de base na saúde pública. Segundo ele, “entender, otimizar e utilizar a comunicação ao nosso favor” é o ponto central da sociedade civil organizada em torno do tema. No mesmo sentido, Eri Ishimoto afirmou que regionalizar a comunicação e reconhecer as particularidades das comunidades leva a informação a um público cada vez mais amplo.
A necessidade de investimentos públicos e privados voltados aos movimentos sociais também foi alvo de apelos dos palestrantes. “A resposta do Brasil à aids só foi possível graças a investimentos na sociedade civil”, enfatiza Wanda Guimarães. Liandro Lindner informou que os primeiros comitês voltados à tuberculose com participação social foram criados em 2006, momento em que as campanhas de saúde adquiriram um tom mais acessível e social. Para Jô Menezes, fortalecer os comitês é contribuir para que surjam novos caminhos na resposta à tuberculose no Brasil.
Esse é o primeiro webinar de uma série de encontros dedicados à tuberculose que ocorrerão durante todo o mês de março, marcado pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março). A apresentação do dia 14, bem como as demais a serem realizadas, está disponível no canal da SVSA no Youtube.