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No Dia Mundial de Conscientização do HPV, Ministério da Saúde reforça importância da vacina e demais métodos de prevenção
O dia 4 de março marca o Dia Mundial de Conscientização do HPV, sigla em inglês para o Papilomavírus Humano. A principal forma de transmissão é pela via sexual, mas também pode ocorrer durante o parto. O HPV possui cerca de 200 tipos de vírus conhecidos, e ao menos 14 variedades consideradas de alto risco para o desenvolvimento de câncer — dentre esses, os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero. Já os tipos 6 e 11 estão presentes em 90% das verrugas genitais.
De acordo com recente pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde e feita por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), a taxa de infecção pelo HPV na genital atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens.
Para a coordenadora-geral de Vigilâncias das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi/SVSA/MS), Pâmela Gaspar, essas porcentagens reforçam a importância da vacinação e da divulgação acerca dos demais métodos de prevenção. “A vacina, distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, é uma opção segura e eficaz na prevenção da infecção pelo HPV e de suas complicações”, lembra. “Devemos aproveitar essa data para lembrar a sociedade de que, apesar de ser uma infecção comum, o HPV pode acarretar complicações sérias”.
A vacina é indicada para:
- Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
- Pessoas que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos;
- Vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos.
O uso de preservativo interno ou externo e lubrificantes durante as relações sexuais também fazem parte dos métodos de prevenção do HPV. De maneira complementar, Pâmela Gaspar ressalta que Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou a incorporação do teste de biologia molecular para detecção do HPV em pessoas com útero. O processo de implementação está em andamento, incluindo a ampliação do acesso por meio de auto coleta.
A infecção, geralmente, é assintomática. Quando há sintomas, os tipos de HPV que causam verrugas genitais são quase sempre diferentes daqueles que causam câncer. O surgimento de verrugas genitais chama a atenção para a presença de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), por isso é importante que, nestes casos, a pessoa realize os testes para as demais ISTs.
Embora o câncer de colo de útero seja o mais frequente dos cânceres desenvolvidos a partir da infecção pelo HPV, outros locais também podem sofrer ação do vírus, originando outros tipos de cânceres, como por exemplo, vaginais, vulvares, perianais, no pênis, no ânus e na orofaringe. O SUS oferta o tratamento gratuito para o HPV e para os cânceres causados pela infecção.
Para mais informações sobre o HPV, acesse o link.