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PAÍSES LUSÓFONOS
Encontro marca retomada da colaboração internacional na resposta a doenças determinadas socialmente
Foto: Carina Zambrana
Esta semana ocorre o encontro Agenda dos Países Lusófonos: eliminando HIV, hepatites virais, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e tuberculose como problemas de saúde pública até 2030. Realizado pela Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) em Brasília, o encontro é destinado à partilha de boas práticas entre os países e ao fortalecimento da cooperação entre os países falantes da língua portuguesa.
O evento reúne representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. O objetivo é identificar e discutir desafios, prioridades e oportunidades comuns na resposta ao HIV, hepatites virais, ISTs e tuberculose no âmbito da saúde pública, bem como reforçar a cooperação entre os países. Essa é a terceira reunião entre os países. A última foi realizada em Moçambique, em 2016.
A cerimônia de abertura do evento contou com a participação da secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, da diretora-geral dos Programas Globais da OMS sobre HIV, Hepatite e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Meg Doherty (virtual) e o representante da Opas, Miguel Aragón. Diversos gestores e técnicos do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs (Dathi/SVSA/MS) também participam do encontro.
O tom de retomada de uma forte agenda entre os países esteve presente nas falas de Ethel Maciel e de Miguel Aragón. Já Meg Doherty reforçou o alinhamento às metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à saúde, bem como as metas de eliminação de doenças proposta pela OMS. Para ela, o foco deve ser a integração dos esforços contra as doenças. A diretora apontou o Brasil como exemplo pela criação do Programa Brasil Saudável.
O Programa foi ponto de destaque na fala do diretor do Dathi, Draurio Barreira. Ao apresentar as diretrizes e as metas do Brasil Saudável, Draurio lembrou dos avanços já feitos em território nacional no enfrentamento às doenças determinadas socialmente. “Em 2023, submetemos à OPAS o dossiê da eliminação da filariose no Brasil. Até 2025, devemos alcançar a eliminação da transmissão vertical do HIV, como já fizemos em vários estados”, disse. Ele também destacou a participação social na condução das pautas do Programa.
A programação do encontro conta com sessões temáticas nas quais os representantes dos países debaterão desafios e boas práticas de cooperação na resposta ao HIV, às hepatites, às ISTs e à tuberculose. Ainda durante o evento, serão realizadas visitas de campo à Policlínica da Ceilândia, ao Hospital de Base do Distrito Federal, ao Complexo Penitenciário da Papuda de Brasília, a laboratórios e ambulatórios que atuam frente às infecções e doenças tema do encontro.