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Cofen e Ministério da Saúde convidam profissionais de Enfermagem a avaliarem atuação da área no cuidado de pessoas com hepatites virais
Profissionais de Enfermagem de todo o Brasil podem colaborar com pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Ministério da Saúde a respeito da atuação no cuidado às pessoas com infecção pelas hepatites virais. As respostas às questões feitas a partir de formulário eletrônico elaborado pelo Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi/SVSA/MS) e o Cofen, vão auxiliar a pasta ministerial na elaboração de estratégias para o fortalecimento da atuação de enfermeiros(as) na eliminação das hepatites B e C.
As hepatites virais são doenças crônicas e silenciosas, o que dificulta o diagnóstico e favorece o avanço da lesão hepática. Estima-se que os vírus das hepatites B e C são responsáveis por aproximadamente 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer primários do fígado. A Organização Mundial da Saúde recomenda ampliação da testagem para as hepatites B e C para todas as pessoas do público prioritário. A meta é reduzir as novas infecções de hepatites virais em 90% e as mortes por hepatites virais em 65% até 2030.
O coordenador-geral de Vigilância de HIV, Aids e Hepatites Virais do Dathi (CGAHV/Dathi), Artur Kalichman, enfatiza a importância de ouvir profissionais da Enfermagem na construção de uma resposta efetiva às hepatites virais. “A Enfermagem é estratégica nas mais diversas áreas de assistência e gestão do SUS, articulando a equipe de saúde em todos os níveis de atenção, por isso, tem um papel crucial para a eliminação das hepatites como problemas de saúde pública até 2030”, explicou.
A nota técnica 369/2020 elaborada pelo Dathi em parceria com o Cofen, orienta sobre a atuação de enfermeiros(as) para a ampliação do acesso da população brasileira ao diagnóstico das hepatites B e C, bem como quanto ao encaminhamento de casos para tratamento. O documento reforça o compromisso com a eliminação das hepatites virais e ressalta o papel dos profissionais na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais que regem a profissão.