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COMUNICAÇÃO EM SAÚDE
Mesa redonda apresenta estratégias de comunicação em ações de prevenção da tuberculose
A produção de materiais com linguagem simples e informações técnicas traduzidas em conteúdos acessíveis à população é um dos desafios para a gestão em saúde, em particular quando se trata de uma doença determinada socialmente que afeta, na maioria dos casos, populações vulnerabilizadas como ocorre com a tuberculose. Esse foi justamente o tema de uma mesa redonda no Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, realizado na semana passada em Salvador-BA.
A mesa contou com a participação de consultoras técnicas da Coordenação-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde (CGTM/MS), Swelen Botaro, na mediação e Patrícia Sanine, como palestrante. Sanine destacou a importância da tradução das informações de políticas públicas para utilização na prática e na realidade dos serviços de saúde e apresentou a experiência da CGTM com a Instrução Operacional Conjunta n.º 1/2019.
Conforme a palestrante, a CGTM transformou um documento técnico em outros com linguagem simples, apresentado em formatos mais atrativos e acessíveis à população e aos profissionais da saúde como o Guia Orientador: promoção da proteção social para pessoas acometidas pela tuberculose e as animações sobre tuberculose. Os materiais têm o objetivo de apoiar o desenvolvimento de ações voltadas para a proteção social de pessoas acometidas pela tuberculose e suas famílias, bem como na resposta ao estigma e à discriminação.
A atividade contou ainda com a participação da coordenadora executiva do Centro de Imprensa, Assessoria e Rádio (Criar Brasil), Adriana Maria, e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Daniel Canavese. Adriana apresentou podcasts, animações, blogs e outros produtos comunicacionais realizados a partir de conceitos e práticas de comunicação popular e comunitária desenvolvidos pela Criar Brasil. A coordenadora destacou como essas iniciativas valorizam a participação e protagonismo das pessoas das comunidades em todo processo comunicacional. Já Daniel abordou metodologias e estratégias para a construção e a validação de materiais para letramento em saúde, na busca pela eliminação de situações de iniquidades, estigma, discriminação e violências relacionadas aos determinantes sociais de raça/cor, etnia, gênero, sexualidade e classe. Entre os materiais apresentados por Daniel, estava o Na Ponta das Línguas.
O público participante da mesa foi formado por representantes da sociedade civil e de profissionais da saúde. Após as explanações dos palestrantes, os participantes puderam fazer perguntas e outros compartilhamentos com a mesa redonda. A moderadora e consultora técnica da CGTM, Swelen Botaro, destacou a importância da participação social para a efetividade da comunicação realizada pelo Ministério da Saúde e destacou a experiência da Coordenação com a realização de encontros com grupos focais para identificar as melhores soluções para cada tipo de necessidade comunicacional e para testar os materiais produzidos.