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TUBERCULOSE
Brasil participa de reunião da ONU e da OMS
A coordenadora-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM/Dathi/SVSA/MS), Fernanda Dockhorn, integrou a delegação brasileira que participou da 2ª Reunião de Alto Nível em Tuberculose das Nações Unidas, ocorrida no final de setembro, em Nova Iorque (EUA), como evento à margem da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
A comitiva brasileira que participou da reunião foi liderada pela ministra da saúde, Nísia Trindade, e contou também com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, além de representantes da sociedade civil, de pesquisadores brasileiros e do deputado federal Antônio Brito (PSD/BA). Durante a reunião, foi elaborada e assinada uma declaração de compromissos entre os Estados membros, estabelecendo as políticas a serem implantadas pelos países a fim de alcançar os objetivos estabelecidos para o controle da doença.
Em seu discurso, Fernanda Dockhorn reforçou o compromisso do governo brasileiro na eliminação da tuberculose como problema de saúde pública até 2030, por meio das ações intersetoriais e interministeriais e do combate à pobreza. Sendo essa uma doença socialmente determinada e perpetuadora de carências, é importante a sustentabilidade das ações para além do setor saúde, incluindo a proteção social e os direitos humanos. Por isso, o Brasil criou o Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds), o qual desenvolve ações conjuntas entre os ministérios participantes, reforçando o compromisso do país.
“O Brasil, sendo uma nação de alta carga da doença, pode contribuir com valiosas experiências e soluções inovadoras para superar os desafios e obter um decisivo impacto contra a tuberculose. Nossa delegação foi bastante elogiada, bem como a iniciativa do Ciedds e, por isso, além de outros importantes momentos de interação e definição de metas internacionais sobre essa luta, anunciamos, como um dos resultados, a incorporação da pretomanida como parte do esquema encurtado para o tratamento da tuberculose multirresistente – de 18 para seis meses”, destacou Fernanda.
Além da participação em mesas e painéis durante a reunião de alto nível da ONU, a comitiva brasileira esteve presente também em eventos da Parceria Stop TB (Stop TB Partnership), entre eles o Stop TB Partneship Awards (Prêmio Parceria Stop TB) e o Preventing TB To End TB (prevenir a TB para acabar com a TB). Nas ocasiões, os debates foram sobre advocacy e mobilização de líderes, o acesso universal à saúde e a ampliação da prevenção, com objetivo de eliminar a tuberculose como problema de saúde pública em todo o mundo.
Nesse período, a comitiva também participou de reuniões com a ministra da saúde, Nísia Trindade, e com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo. Por fim, a equipe brasileira foi convidada, pelo Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom, para outros encontros, quando o Brasil se comprometeu também com o conselho acelerador de vacinas em tuberculose, para contribuir com o desenvolvimento das pesquisas.
Terminados os compromissos em Nova Iorque, Fernanda Dockhorn seguiu para Washington D.C. (EUA), onde participou do 60º Conselho Diretor e da 75ª Sessão do Comitê Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas. Na ocasião, a coordenadora-geral fez uma apresentação sobre a experiência brasileira no enfrentamento às doenças transmissíveis e os avanços do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds), instituído em abril.