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TUBERCULOSE
Brasil fortalece a vigilância epidemiológica na fronteira com Colômbia e Peru
Com o objetivo de fortalecer a vigilância em saúde na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, o Ministério da Saúde (MS) está participando do projeto INSIGHT (Integrated Next-Generation Surveillance in Global Health: Translation to Action), uma iniciativa que vem sendo implementada pelo Centro Internacional de Formação e Educação para a Saúde da Universidade de Washington (UW I-TECH), em parceria com o Instituto Leônidas & Maria Deane – ILMD/Fiocruz Amazônia e com o Instituto Gonçalo Moniz – IGM/Fiocruz Bahia, além de contar com o apoio dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Em junho deste ano, foi realizada a primeira reunião dessa iniciativa, que envolveu a criação de um comitê e a identificação das necessidades para fortalecer a vigilância sanitária na região. O objetivo final do projeto INSIGHT é desenvolver uma plataforma conjunta de visualização e acompanhamento de dados para a tríplice fronteira, que seja voltada ao monitoramento da tuberculose, das arboviroses dengue, zika e Chikungunya e da influenza.
Para contribuir com essa ação, a consultora técnica da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas, do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (CGTM/Dathi/SVSA/MS), Isabela Heráclio, participou do segundo encontro do projeto – a Oficina de Mapeamento do Fluxo de Dados de Saúde na Tríplice Fronteira, que aconteceu na Universidade do Estado do Amazonas, em Tabatinga/AM, no final de setembro.
Na ocasião, foi realizado um levantamento do fluxo de informação sobre saúde de cada país, com a participação de diversos atores locais, como agentes comunitários de saúde, técnicos de informática e representantes da Atenção Primária municipal, de hospitais e de serviços de vigilância epidemiológica, além de representantes do Laboratório de Saúde Pública, do Projeto INSIGHT e de outros colaboradores do MS.
Para Isabela Heráclio, o momento foi de extrema importância para identificar as peculiaridades da região, como o cuidado prestado aos pacientes diagnosticados com tuberculose provenientes do Peru e da Colômbia. Entre outras questões, foi possível reforçar a relevância e a necessidade do uso, por parte desses países vizinhos, das ferramentas para o cuidado da tuberculose estabelecidas pela CGTM/Dathi/SVSA/MS. Entre elas, inclui-se o Protocolo para transferências nacionais e internacionais de pessoas em tratamento para tuberculose, que tem como objetivo fornecer informações aos profissionais de saúde, apresentando os fluxos indicados para as transferências dentro e fora do país, a fim de que a pessoa com tuberculose receba o devido acolhimento e tratamento.
“Todo esse contato realizado com representantes locais do Brasil, bem como da Colômbia e do Peru, já é bastante significativo para o alinhamento não apenas da vigilância, mas dos fluxos de atendimento e acolhimento na região fronteiriça. Nossa contribuição nesse projeto é fundamental, porque mais adiante ele nos auxiliará a atingir nosso objetivo, enquanto Brasil, de eliminar a tuberculose como problema de saúde pública até 2030”, afirma a coordenadora-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas, Fernanda Dockhorn.