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CIEDDS
Eliminação de doenças determinadas socialmente é destaque na 17ª ExpoEpi
O Brasil tem a intenção de eliminar a tuberculose e outras doenças determinadas socialmente como problemas de saúde pública até 2030 e, de acordo com o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira, essa é uma meta factível. Com a instalação de um Comitê Interministerial – por meio do Decreto n.º 11.494, trata-se de uma política de governo e para qual há nove pastas ministeriais atuando desde março deste ano.
O tema foi pauta de uma das principais mesas redondas da 17ª ExpoEpi, realizada na última semana em Brasília. Além do diretor do Dathi, a mesa contou com a apresentação da diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, Alda Maria da Cruz e, da representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Sheila Rodovalho. A mediação foi feita pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
O principal foco do Ciedds está nos determinantes sociais da saúde, pois, de acordo com o diretor, o Brasil já conta – por meio do Sistema Único de Saúde – com as tecnologias de prevenção, tratamento e de vigilância necessárias, contudo, é preciso atuar frente aos desafios que impedem que as pessoas acessem os serviços de saúde de forma adequada para a melhoria da qualidade de vida. Para a secretária da SVSA, a agenda só foi possível diante da parceria e atuação dos movimentos sociais e gestores locais.
Draurio Barreira destacou o histórico do Ciedds e afirmou que se trata de uma agenda convergente para os outros oito ministérios envolvidos. Além disso, ele apresentou perspectivas para os próximos passos. “Estamos trabalhando pela saúde pública e contra os determinantes sociais. Por isso a importância de ‘sairmos das caixinhas’ e do trabalho intersetorial. É possível eliminar doenças determinadas socialmente. A gente vai conseguir e esse será um dos maiores legados desse governo”, destacou.
Já Alda Maria da Cruz enfatizou outros desafios, como a eliminação da hanseníase. Conforme a diretora, um dos grandes entraves relacionados a doenças como essa, determinadas socialmente, são as atitudes de estigma e discriminação que, infelizmente, ainda ocorrem na sociedade, inclusive nos serviços de saúde. Outro destaque, foram as dificuldades de acesso devido à imensidão do território brasileiro. Porém, ainda de acordo com Alda, o Ministério da Saúde tem superado esses desafios com ações específicas e articuladas.
A representante da Opas trouxe um histórico e uma contextualização sobre a atuação da Organização Pan-Americana que demonstraram a factibilidade para a eliminação das doenças. “Fico feliz de ver que estamos todos no mesmo caminho. A Opas está sempre disposta a colaborar com as ações”, afirmou. Ela também apresentou linhas de ação para alcançar tais objetivos e ressaltou a importância de monitorar e avaliar as ações, bem como de propor ações de comunicação e promoção da saúde e envolver as comunidades para qualificar e acelerar a resposta.