Notícias
HIV E AIDS
Chega a Brasília o HIVida: Evento inovador pela eliminação da epidemia de aids
- Foto: JMarcos
No período entre o Dia Mundial da Luta Contra a Aids (01/12) e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), Brasília será palco da estreia do HIVida. Este evento abraça uma ampla gama de expressões artísticas, debates, exposições, além de serviços de saúde e cidadania, visando promover os direitos humanos e combater o estigma e a discriminação associados ao HIV e à aids.
O HIVida, que ocorrerá no Espaço Cultural Renato Russo e em outros locais emblemáticos da cidade, tem como missão trazer o tema da aids de volta ao centro do debate público. A programação oferece uma variedade de atividades gratuitas, incluindo a mostra "A potência em imagens", do fotógrafo americano Sean Black; exibição de filmes premiados sobre HIV e aids; rodas de conversa sobre acesso ao mercado de trabalho e uso de inteligência artificial para combater o estigma; além de uma homenagem aos 65 anos de Cazuza, com a leitura de seus poemas e canções; entre outras atrações.
O projeto é liderado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e reúne diversas parcerias, entre Ministério da Saúde, organizações da sociedade civil, órgãos governamentais, agências da ONU e empresas.
Claudia Velasquez, Diretora e Representante do Unaids no Brasil, destacou a importância da iniciativa. "A epidemia de aids persiste há 42 anos, mas temos a oportunidade de fazer a diferença agora. Com o HIVida, queremos unir forças para acabar com a aids como problema de saúde pública até 2030, reconhecendo e promovendo a atuação das comunidades, e trabalhando coletivamente pelo respeito aos direitos humanos e pelo fim das desigualdades".
Aids e HIVida: Celebrando a Vida e Combatendo Desigualdades
A epidemia de aids continua a ser um desafio significativo para a saúde pública há mais de quatro décadas. Apesar dos avanços com os medicamentos antirretrovirais, que possibilitam uma vida mais saudável e impedem a transmissão do vírus, as barreiras persistem. O estigma e a discriminação limitam e impedem o acesso aos serviços de resposta ao HIV para populações em situações de vulnerabilidade.
No Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas vivem com HIV, sendo que 650 mil estão em tratamento constante e com o vírus indetectável. Entretanto, em 2023, ocorreram 50 mil novas infecções por HIV e quase 11 mil mortes relacionadas à aids, impactando especialmente as juventudes, entre 15 e 29 anos, com um destaque para a população negra.
Com os avanços na prevenção, testagem e tratamento do HIV, a meta de eliminar a aids como problema de saúde pública até 2023 está mais próxima. O HIVida busca contribuir para esse esforço coletivo, trazendo esse tema de volta à agenda pública, celebrando a vida e reconhecendo o papel crucial das comunidades no combate às desigualdades, na promoção do respeito aos direitos humanos e na luta contra o estigma e a discriminação associados à aids.
Para a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o HIVida marca muito bem o foco governo Federal. “Nossa gestão tem o cuidado centrado na pessoa e busca a eliminação das vulnerabilidades sociais que são determinantes para doenças. Dessa forma, estamos resgatando as populações que ficaram esquecidas e trabalhando para promover o protagonismo delas. O maior exemplo desse processo é o Ciedds [Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente], um compromisso do Governo Federal, que une, além do Ministério da Saúde, outros oito ministérios, cujo objetivo é a eliminação de doenças determinadas socialmente como problema de saúde pública no Brasil”.
Comunidades liderando: O Foco de 2023
Em 2023, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids destaca o tema "Comunidades liderando". Essa escolha reflete o papel fundamental que as organizações da sociedade civil desempenham no progresso da resposta à epidemia de aids. Comunidades afetadas pelo HIV e aids desempenham um papel vital, atuando como elo entre os serviços de saúde e as pessoas. Elas ajudam a construir confiança, trazem inovação, supervisionam o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas e chamam à responsabilidade os provedores de serviços de HIV e de aids.
“O HIVida está alinhado com este conceito e, por isso, está aberto a todas pessoas que desejam conhecer mais sobre o HIV/aids e, com isso, fortalecer os direitos humanos e combater o estigma e a discriminação”, ressalta Claudia Velasquez. “É, portanto, para quem deseja se unir em um esforço coletivo no qual queremos celebrar a vida para eliminar a epidemia de aids até 2030. Convido a quem estiver em Brasília para participar das atividades no Espaço Cultural Renato Russo ou para acompanhar as atividades do HIVida nas redes sociais”, complementa.
Para mais informações acesse: https://unaids.org.br/hivida/