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HIV E AIDS
Ministério da Saúde e coordenadores(as) estaduais e municipais debatem plano de eliminação do HIV
O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (Dathi/SVSA/MS), promoveu, na última semana, a Oficina Inicial para Construção do Plano de Eliminação da Aids enquanto Problema de Saúde Pública até 2030. O encontro ocorreu de forma híbrida, contando com coordenadores(as) de programas de HIV, aids e hepatites virais dos estados e capitais brasileiras.
“Quando eu falo da agenda de eliminação, muitas pessoas pensam que é apenas um discurso motivador, porém é mais que isso. Eliminar o HIV como problema de saúde pública é possível”, afirmou o diretor do Departamento, Draurio Barreira. Na ocasião, ele apresentou o Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds) para os(as) coordenadores(as). Instituído em abril deste ano, o Ciedds busca, dentre outras metas, alcançar 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; destas, 95% em tratamento e, das em tratamento, 95% com carga viral controlada, além de eliminar a transmissão vertical de HIV como problema de saúde pública até 2030.
O diretor também informou que a nova gestão entende a importância de dialogar com a sociedade, e que para lidar com essas infecções e doenças é preciso ir além da biomedicina. “A gente quer cobrir as pessoas afetadas por essas doenças de determinação social, especialmente tuberculose, HIV e hanseníase, no programa Minha Casa, Minha Vida. Entendemos que não é viável tratar doenças por seis meses, um ano ou a vida inteira morando na rua, por exemplo”.
Dessa forma, durante a reunião foi discutida a importância de uma resposta multissetorial para alcançar a meta de eliminação. Para Angelica Espinosa, diretora de Programa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), é necessário um trabalho coletivo. “A agenda da eliminação é do Estado brasileiro, e, por isso, é necessário muito mais do que o Ministério da Saúde. Esse é um processo que precisa de participação ativa dos estados, dos municípios e da sociedade civil”, explicou.
Ainda, de acordo com o coordenador-geral de Vigilância de HIV, Aids e das Hepatites Virais (CGAHV), Artur Olhovetchi Kalichman, a oficina foi uma oportunidade de ouvir gestores(as) de vários lugares do Brasil para construir uma estratégia que consiga abarcar as diferenças regionais. “Todas as pessoas presentes estavam muito animadas para contribuir com propostas na elaboração do plano. E é muito importante ouvir os(as) coordenadores(as) dos estados e capitais brasileiras, pois eles(as) nos mostraram alguns caminhos para alcançar a meta de eliminação”. Segundo Kalichman, o Departamento ainda irá realizar outros encontros com coordenadores(as) e sociedade civil para a elaboração do plano. “Precisamos tornar pública novamente a pauta de HIV e aids no Brasil”, finalizou.