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Seminário debate a ampliação e qualificação ao HIV/aids, às hepatites virais e outras IST na Atenção Primária à Saúde
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), por meio do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), em parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), realizou, nos dias 22 e 23 de setembro, o 1º Seminário para ampliação e qualificação da atenção ao HIV/aids, às hepatites virais e a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis na Atenção Primária à Saúde (APS): compartilhando cuidado nas Redes de Atenção à Saúde. Gestores e representantes de secretarias municipais e estaduais de saúde ligados aos departamentos de HIV/aids e hepatites virais, bem como, a coordenação da APS, participaram do evento.
A iniciativa abordou diversos temas, como: desafios da Atenção Primária à Saúde no Brasil; experiências compartilhadas no cuidado do HIV/aids, hepatites virais e IST; ampliação do diagnóstico e tratamento das pessoas com hepatites B e C; Estratégia da Saúde da Família no contexto do HIV/aids, das hepatites virais e das IST; cuidado de Enfermagem às pessoas com hepatites virais, IST e vivendo com HIV; linha de cuidado do HIV, hepatites virais e IST; importância da linha de cuidado na certificação da eliminação da transmissão vertical; panorama nacional do indicador 2 Previne Brasil; o sistema Sisab (Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica).
No tocante aos estados e municípios, os destaques foram a construção e a implementação da linha de cuidado nos territórios; a experiência em Florianópolis na boa prática do cuidado do HIV na APS; a gestão do cuidado do HIV e IST na APS no município do Rio de Janeiro.
“Trabalhamos com as mesmas populações vulneráveis no HIV, na hanseníase e na tuberculose. O trabalho com a Atenção Primária tem importância para reconhecer o que acontece na prática e como podemos diminuir o abandono”, disse o diretor do DCCI, Gerson Pereira.
A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, ressaltou o lugar do país como referência nos tratamentos para HIV e tuberculose, e que a nação tem condições de ampliar suas ações para outros países. “O Brasil realiza seu trabalho nesses agravos que são atingidos pela discriminação e pelo estigma e preconceito. Com a qualidade que tem com o cuidado, o país pode mostrar ao mundo por que é exemplo”, afirmou.
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o apoio da Secretaria de Atenção Primária em Saúde (Saps) na vigilância acarreta envolvimento e integração que fazem a diferença. “Temos em comum a saúde pública brasileira cada vez mais consolidada”, disse acentuando a solidez da composição tripartite da saúde pública brasileira e da coesão com entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Medeiros também elogiou o contínuo trabalho dos profissionais de saúde na atenção ao HIV/aids, hepatites virais, IST e tuberculose durante a pandemia de covid-19. “Vocês foram heróis em um período de incertezas. Vocês não desanimaram, fizeram o SUS acontecer sem deixar faltar um medicamento, nem tratamento”.
Por fim, resumiu a sua expectativa quanto ao Seminário. “É um momento que tem como intuito oportunizar espaço para o diálogo entre diferentes profissionais de saúde com a proposto de qualificar e fortalecer o cuidado das pessoas com hepatites virais, as que estão vivendo com HIV/aids, IST e tuberculose no âmbito da Atenção Primária à Saúde”.
Também participaram da solenidade de abertura do evento o diretor substituto do Departamento de Saúde da Família e representante da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Michael Diana de Oliveira; a assessora técnica do Conass, Carla Ulhôa André; e o diretor do Conasems, Artur Belarmino de Amorim.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis