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TUBERCULOSE
Ministério da Saúde realiza webinar sobre monitoramento da Rede de Teste Rápido
O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde realizou nesta terça-feira (3), o webinar “Perspectivas para a Rede de Teste Rápido Molecular para tuberculose (RTR-TB)”. O objetivo foi apresentar as perspectivas para a Rede e atualizar profissionais da saúde, monitores e coordenadores dos programas estaduais de controle da tuberculosesobre o novo formulário de monitoramento da produção da RTR-TB.
A atividade contou com apresentações da farmacêutica bioquímica, Nicole Menezes de Souza, do epidemiologista Kleydson Andrade, ambos da Coordenação Geral de Doenças Respiratórias (CGDR/DCCI/SVS); e do biólogo Eduardo Alves, da Coordenação Geral de Laboratórios (CGLAB DAEVS/SVS). Coordenadores estaduais e monitores da RTR-TB foram os principais participantes do evento. No total, foram 114 conexões no webinar. A moderação ficou por conta do consultor da CGDR, Artemir Coelho.
Durante a abertura a coordenadora Geral de Vigilância de Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas, Daniele Dell´Orti, explicou que o teste rápido sofreu algumas alterações em seus formulários e é necessário que os laboratórios passem por uma reciclagem, para que os profissionais envolvidos no processo de testagem aprendam a preencher os mesmos de forma correta. “Esses dados são muito importantes, pois eles facilitam a elaboração de estratégias de políticas públicas por parte do Ministério da Saúde e demais órgãos responsáveis pelo combate à doença”, enfatizou a coordenadora.
Nicole de Souza iniciou sua apresentação falando do monitoramento do uso do Teste Rápido Molecular-TB e o respectivo formulário para monitorar a ação. A farmacêutica apresentou o instrumento aos participantes, enfatizando pontos que merecem maior atenção dos coordenadores e monitores da Rede, na hora do preenchimento.
O epidemiologista Kleydson Andrade falou sobre o monitoramento realizado pela equipe do Ministério da Saúde a partir dos dados enviados via formulário eletrônico preenchidos pelos monitores da Rede.
Os dados adquiridos por meio destes testes mostram a potencialidade da rede de testes rápidos e a relevância de analisá-los com um olhar diferenciado. Kleydson Andrade, epidemiologista do DCCI, explica que os municípios que possuem máquinas de teste rápido demonstram uma capacidade superior de monitoramento da tuberculose. “A partir de 2014, com a chegada dos testes rápidos, os municípios apresentaram um aumento nas confirmações laboratoriais dos casos de tuberculose. Agora, conseguimos analisar quase em tempo real e avaliar o comportamento da doença nas diversas regiões. Com o novo sistema de relatório, e o monitoramento da rede de teste rápido, podemos ter mais controle sobre a situação”, afirmou Kleydson
Eduardo Alves apresentou o Sistema de Gerenciamento de Ambiente Laboratorial (GAL), com os principais marcos históricos de seu desenvolvimento a partir de 2006 e falou sobre a produção nacional de exames registrados no Sistema, com aumento considerável a partir de 2019. Em seguida, ele apontou problemas de conectividade e a utilização de sistemas próprios como principais dificuldades do RTR-TB no contexto do GAL. Para o enfrentamento desses desafios, pontuou quanto à iniciativa do MS com o desenvolvimento de nova tecnologia e regra de negócio do GAL, bem como o interfaceamento com a vigilância a partir da CGDR e CGLAB. Conforme o biólogo, o GAL traz subsídios para as tomadas de decisão no âmbito do MS e da vigilância nas esferas federal, estadual e municipal.
A Rede
Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no país a Rede de Teste Rápido para Tuberculose (RTR-TB), que utiliza a técnica de biologia molecular PCR em tempo real, denominado Teste Rápido Molecular (TRM). O teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento.
Atualmente são 257 equipamentos, em 208 laboratórios, localizados em 135 municípios brasileiros, o que demonstra a descentralização da rede cujas potencialidades são a retomada do diagnóstico, o compartilhamento com a rede HIV/HCV e a ampliação do uso do TRM-TB.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis