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Ministério da Saúde e OPAS realizam webinares sobre micoses endêmicas
O Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realizam, durante o mês de novembro, dois webinares sobre micoses endêmicas. O primeiro foi realizado no dia 04, com o tema "Desafios na estruturação da vigilância das micoses endêmicas". Já o próximo evento ocorrerá nesta quinta-feira (11), às 14h, com o tema “Desafios no diagnóstico da coinfecção de micoses invasivas oportunistas (candidíase, aspergilose, fusariose e mucormicose)”. A atividade será transmitida pela plataforma Webinar.
O primeiro evento contou com a palestra feita pela médica Infectologista do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) e professora associada da UFMS, Anamaria Mello. A Médica abordou a experiência da notificação compulsória da paracoccidioidomicose em Mato Grosso do Sul, desde 2007. Também traçou uma linha do tempo com o passo a passo sobre a organização do estado a respeito desse agravo, passando pela criação de um ambulatório de micoses sistêmicas e pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia no Hospital Universitário da UFMS, contribuindo para a vigilância e controle da paracoccidioidomicose.
Francisco Duarte, médico Veterinário do Labend/SES-PE, relatou o processo de notificação compulsória da esporotricose em Pernambuco. Duarte falou sobre a capacitação de pessoal para o diagnóstico da doença em animais e em humanos, além da realização de exames laboratoriais de esporotricose e outros agravos, que contribuem para o avanço da vigilância em saúde. “Recife é uma cidade cortada por manguezais que favorecem a doença, principalmente em felinos. Por isso, os protocolos de diagnóstico, vigilância e controle de esporotricose e de leishmaniose são estimulados pelo estado”, afirmou.
Para finalizar o encontro, a professora adjunta da UESPI e UFPI, Liline Maria Soares, abordou a importância de parcerias na implantação da vigilância das micoses endêmicas, dando destaque à experiência do estado do Piauí. Soares destacou a recente criação da Rede Estadual de Vigilância em Micoses Sistêmicas no referido estado, importante esforço para o controle de doenças infecciosas. A professora falou ainda sobre as características de clima semiárido da região. “Com forte desmatamento, o clima semiárido favorece o acometimento de micoses endêmicas na população humana e na fauna local. As infecções fúngicas graves são um grande problema de saúde pública no Brasil, o que exige parcerias nas esferas municipal, estadual e federal, para o enfrentamento dessas doenças. Precisamos trabalhar no fortalecimento da rede de laboratórios de micologia, para auxiliar no seu diagnóstico e tratamento oportuno dos casos”, concluiu.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis