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Diretor do DCCI participa de consulta sobre a Reunião de Alto Nível sobre o Fim da Aids promovida pelo UNAIDS Brasil
O diretor do Departamento das Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), Gerson Pereira, participou no dia 22 de abril de encontro sobre a Reunião de Alto Nível sobre o Fim da Aids, (HLM, sigla em inglês para High Level Meeting) e de apresentação da nova Estratégia Global para a Aids (2021-2026).
O evento foi promovido pelo UNAIDS Brasil e contou com a participação da diretora e representante do Escritório do UNAIDS no Brasil, Claudia Velásquez; de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); do assessor especial do Ministro para Assuntos Internacionais, Flavio Werneck;das deputadas federais Erika Kokay e Fernanda Melchionna; e do movimento social parceiro na luta contra o HIV.
Gerson Pereira destacou que, apesar do avanço na luta contra a aids em todo o mundo, ainda há muitos desafios a serem superados. “Os compromissos assumidos pelos países na Declaração Política adotada na última Reunião de Alto Nível, em 2016, tiveram impacto substancial na epidemia, reduzindo expressivamente os novos casos de aids, a transmissão vertical do HIV e a mortalidade por aids, mas o número de novas infecções pelo HIV ainda supera, em muito, a meta global almejada para 2020”, afirmou.
O Brasil apoia a nova Estratégia Global do UNAIDS pós-2021, “Acabar com as desigualdades. Acabar com a AIDS” que, segundo o diretor do DCCI, é apropriada para o resgate do compromisso dos países com a necessidade de ampliar o acesso ao cuidado do HIV. “As novas metas estabelecidas são ambiciosas, em consonância com a seriedade que a epidemia de HIV nos exigeem relação ao resgate do compromisso dos países com a necessidade de ampliar o acesso ao cuidado do HIV, especialmente, à prevenção, pelos grupos mais vulneráveis, e de forma equitativa e centrada no indivíduo, enfrentando as desigualdades”.
Por fim, destacou o papel essencial do SUS nas ações de prevenção, atenção e tratamento ao HIV mesmo em período de pandemia de Covid-19. “Graças ao SUS foi possível construir robustos sistemas de informação, que subsidiam a tomada de decisão baseada em evidências de todas as esferas da gestão da saúde no país. Assim, temos uma resposta 100% financiada com recursos domésticos, que mantém cerca de 730 mil pessoas em tratamento para o HIV, e que, mesmo face à atual pandemia da Covid-19, foi capaz de manter a oferta de antirretrovirais, sem desabastecimento”, disse. Recordou ainda que, nesse período, aumentaram as doações brasileiras de antirretrovirais para países da América Latina e Caribe.
A HLM - A High Level Meeting on Ending AIDS (HLM), é uma Reunião de Alto Nível sobre o fim da Aidsque será realizada em junho pelaAssembleia Geral das Nações Unidas. Na oportunidade, serãorevisados os avançosdos países em relação aos compromissos assumidos na Declaração Política adotada na Reunião de Alto Nível sobre HIV/Aids de 2016.
Haverá espaço para compartilhar casos bem-sucedidos e boas práticas, além de conceber novos compromissos para acelerar as ações para o fim da aids até 2030.A inclusão da sociedade civil e demais atores relevantes faz com que o processo de construção seja aberto, transparente e participativo.
Já a nova Estratégia Global para a AIDS (2021-2026) do UNAIDS propõe a redução das desigualdades que impulsionam a epidemia de aids e o posicionamento das pessoas no centro das respostas nacionais. Esse documento almeja fechar as lacunas que impedem o avanço na eliminação da doença até 2030.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis