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DCCI realiza reunião com coordenadores dos Programas Estaduais e Municipais de tuberculose
O Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI/SVS/MS) realizou, por meio da Coordenação-geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas (CGDR), no dia 2, reunião virtual de coordenadores estaduais e municipais das capitais na área de tuberculose, que teve em torno de 100 participantes.
A abertura do encontro foi realizada pelo diretor do DCCI, Gerson Pereira, e pela coordenadora-geral da CGDR, Fernanda Dockhorn. “Este encontro serve para enfatizar a importância dos coordenadores locais na manutenção das ações de controle da tuberculose durante a pandemia de covid-19”, ressaltou o diretor do DCCI.
O primeiro painel abordou o panorama atual da tuberculose no país e o Plano Nacional pelo Fim da tuberculose como problema de saúde pública. A tecnologista Patrícia Bartholomay apresentou uma comparação dos números da tuberculose no período antes e após o primeiro ano da pandemia, utilizando dados de sistemas de informação como o Sinan, SITE-TB, SIM, RTR-TB e GAL.
Em seguida, a consultora Tiemi Arakawa falou sobre estratégias para a segunda fase de execução do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como problema de saúde pública, que corresponde ao período de 2021 a 2025. “O alcance das metas de redução do coeficiente de incidência em 90% e do número de mortes por TB em 95%, até 2035, exigirá esforços adicionais para a intensificação das ações de controle da doença”, afirmou.
O segundo painel foi conduzido pela coordenadora-geral da CGDR Fernanda Dockhorn, que atualizou os coordenadores sobre as recomendações para o tratamento da tuberculose drogaressistente (TBDR), com a disponibilização de novos medicamentos – a bedaquilina e a delamanida, que dispensam o uso de medicamentos injetáveis para o tratamento da TBDR. Também ressaltou as recomendações sobre o seguimento do tratamento e os efeitos adversos a partir de interações medicamentosas.
A consultora Nicole Souza apresentou as novas tecnologias incorporadas à rede de diagnóstico de TB, como o IGRA, TB-LAM e o LPA. “Esses recursos trazem benefícios para o diagnóstico da TB. A incorporação do IGRA para populações específicas, por exemplo, permite ampliar o acesso às tecnologias para o diagnóstico da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB)”, explicou. Já o TB-LAM, diagnóstico realizado com a utilização da urina como amostra clínica, é recomendado para pessoas vivendo com HIV e agiliza o diagnóstico e início do tratamento da TB. Já o LPA permite diminuir o início do tratamento da TB resistente, aumentando a chance de cura.
A consultora técnica Danielle Orti (CGDR) destacou a importância do acesso a materiais disponibilizados pelo Ministério da Saúde, com informações atualizadas sobre tuberculose e micobactérias não tuberculosas (MNT) pelo site. A tecnologista Tatiana Estrela (CGDR) destacou a atualização de informações nos sites do DCCI e na página Saúde de A a Z e nas redes sociais oficiais Ministério da Saúde, canais que podem auxiliar o trabalho dos coordenadores, como o YouTube, que possui importantes acervos da TB, como Conhecendo a Tuberculose.
A reunião contou ainda com os convidados Regina Silva (CGPNI/SVS/MS), que falou sobre a queda da cobertura vacinal da BCG no Brasil desde 2018 e as estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde para reverter essa situação, e Eduardo Alves (CGLAB/DAEVS/SVS/MS), que informou sobre o processo de aquisição de cabines de segurança biológicas e outros temas relacionados a laboratórios. Além disso, citou sobre as ações específicas para enfrentar agravos específicos relativos a populações migrantes.
Os participantes relataram suas experiências no trabalho com a tuberculose durante a pandemia, como estratégias para manutenção da busca ativa e diagnóstico da doença, incluindo a investigação de TB em toda a pessoa suspeita de covid-19.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis