Planejamento Estratégico 2016 - 2019
O Planejamento Estratégico é um processo contínuo que, amparado por um conjunto de ferramentas e técnicas, visa estabelecer a melhor direção a ser seguida pela Instituição.
Um plano estratégico oferece uma visão de futuro, independente do porte da instituição, permite a tomada de decisões atuais que envolvam riscos, bem como a organização sistemática das atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação, promove a medição dos resultados dessas ações em relação às expectativas alimentadas.
O processo de Planejamento Estratégico contém as seguintes etapas fundamentais:
- Definição do negócio: análise sobre o benefício resultante do produto/serviço prestado pela instituição.
- Missão: a declaração de missão deve refletir a razão de ser da instituição. Geralmente é uma declaração curta, que destaca suas principais competências.
- Visão: representa onde a instituição quer estar em um determinado período de tempo. A visão deve ser realista para ser possível e visível para ser alcançável.
- Análise de ambiente interno e externo: a definição das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da que afetam a instituição no cumprimento da sua missão.
- Formulação de Estratégias: as estratégias são escritas com base na análise de ambiente levantada, após uma priorização dos principais objetivos, agrupados por temas. A estratégia precisa estar voltada para o futuro da organização, porém para ser bem descrita necessita estar de acordo com as etapas anteriores (missão, visão, negócio e ambiente).
- Implementação de projetos e controles: esta etapa garante a execução de tudo o que foi levantado e priorizado. Não adianta definir um desafiador planejamento se não houver implementação e acompanhamento, e para isto um Plano de Ação precisa ser apresentado e disseminado junto aos integrantes da instituição.
O comprometimento de quem participa destas discussões é fundamental para uma boa análise e definições dos objetivos estratégicos. Algumas entidades optam por efetuar algumas etapas desse planejamento com a participação de colaboradores de diversos setores, promovendo um comprometimento de todos. É a chamada gestão participativa.
Um outro aspecto importante para o sucesso da implementação do planejamento estratégico está na atenção ao ambiente externo e às mudanças de cenário que, se confirmadas, ensejarão a revisão da estratégia. O planejamento estratégico não pode ser fixo, o processo precisa ser vivo e com a disciplina bem aplicada trará bons resultados para uma organização.
Planejamento Estratégico na AGU
A modernização da AGU está baseada na introdução de um novo paradigma para sua atuação, capaz de contribuir para o aumento da efetividade das políticas públicas e atender as demandas dos diferentes segmentos da sociedade, para que, de um lado, se utilize racionalmente os recursos disponíveis e, por outro, que os resultados se tornem tangíveis, adequados e transparentes, a partir de um debate sobre novas formas de gestão.
Uma nova administração pública precisa ser construída para que, dispondo de instrumentos gerenciais e democráticos diferenciados, possa combater os problemas que o Estado, no geral, e a AGU, em particular, enfrentam no mundo contemporâneo. É preciso começar a introduzir e a utilizar os novos conceitos de gestão estratégica no Estado em substituição aos conceitos burocráticos e inadequados para enfrentar os novos desafios e as grandes mudanças trazidas pela globalização e avanços tecnológicos.
No modelo burocrático, o aparelho do Estado funciona na base de controle dos insumos: leis, normas e procedimentos pré-definidos que o burocrata tem que seguir rigorosamente. Estes são os instrumentos de controle do Estado pela sociedade que, supostamente, dão transparência à gestão de recursos públicos. Neste modelo, o burocrata cumpre as normas e procedimentos “técnicos”, ignorando a demanda e os problemas do cidadão. Daí a rigidez, a falta de agilidade e o anacronismo tão comum no mundo atual das Organizações Públicas; mundo globalizado e em permanente mudança.
No novo paradigma gerencial, flexibilizam-se os controles dos insumos e controla-se a produção e a qualidade de bens e serviços públicos e seus resultados, tendo como referência as demandas da sociedade e do cidadão. Esta mudança de paradigma tornou-se possível com as novas soluções tecnológicas que permitem a captura, organização e disponibilização/democratização de informações dando transparência à utilização de recursos, aos procedimentos e às transações das ações estatais, além de possibilitarem acompanhar e mensurar os seus resultados.
Surge, então, a necessidade de se adotar as disciplinas da gestão estratégica, dentre elas a Governança Corporativa, a Gestão de Riscos e a gestão dinâmica dos processos institucionais bem como de sua estrutura funcional, de modo a acompanhar as novas tendências e as necessidades da sociedade e dos cidadãos.
A Advocacia-Geral da União identificou a necessidade de alterar sua forma de atuação, iniciando, em 2008, a implantação da Gestão Estratégia no âmbito de seus órgãos. Assim, visando a obtenção de resultados práticos, alinhados com a realidade da instituição e do Estado como um todo, a AGU começou a modificar a sua cultura interna, incentivando membros e servidores na participação do Planejamento Estratégico.
Nesse contexto, foi discutido e aprovado projeto de revisão do Planejamento Estratégico para o quadriênio 2016-2019, em continuidade ao projeto lançado em 2008, com objetivos institucionais voltados para uma melhor atuação da AGU na viabilização das políticas públicas, na segurança jurídica e na defesa do patrimônio e dos recursos públicos, consolidando sua imagem como instituição modelo na defesa do Estado, bem como na valorização de seus membros e servidores.