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Diversidade e Inclusão
Resultado final de selecionados para o Esperança Garcia é divulgado
O Instituto de Referência Negra Peregum divulgou nesta segunda-feira (24/06) a lista final dos selecionados para o Programa Esperança Garcia, uma iniciativa conjunta entre Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério da Igualdade Racial (MIR) que irá oferecer, durante três anos, curso preparatório para carreiras da advocacia pública para 130 pessoas negras, das quais 30 serão contempladas com um programa de bolsas-permanência no valor de R$ 3 mil mensais.
A aula inaugural do programa será no dia 1º de julho, em Brasília. Representantes de 24 estados participarão do curso, sendo 90 (69%) mulheres e 62 pessoas (47%) quilombolas. A idade média entre os participantes é de 41 anos. Do total, 65 pessoas têm 40 anos de idade ou mais, sendo 15 delas bolsistas. Quase a totalidade dos selecionados possui renda abaixo de quatro salários-mínimos. Entre os selecionados também há 26 (20%) pessoas que se declaram assexuais, bissexuais ou mulheres lésbicas e 12 (9%) pessoas com deficiência.
"Temos convicção de que o programa Esperança Garcia cumpre um papel essencial na busca pela equalização de oportunidades no âmbito da advocacia pública", afirma Claudia Trindade, assessora especial de Diversidade e Inclusão da AGU. "Por meio dos pilares do ensino, do auxílio financeiro e do apoio emocional, buscamos proporcionar uma experiência educacional que fortaleça os participantes para os futuros desafios das carreiras do sistema de Justiça como um todo", destaca.
"Temos muito orgulho desse programa e esperamos poder ter, cada vez mais, uma advocacia pública com a cara do Brasil. Poder criar essa parceria bonita com a AGU e o Instituto Peregum é uma marca que queremos deixar para o Brasil”, afirma a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
“Com este programa demonstramos que é possível existir ações afirmativas que garantam a inclusão e que faça intersecções com sete marcadores sociais além de raça (idade, deficiência, pertencimento quilombola, orientação sexual, gênero, território-regionalidade e renda). Isso nos permite visualizar que daqui podemos dar um importante passo para uma nova política pública, de viés permanente e com maior alcance numérico e qualitativo”, afirma Vanessa Nascimento, diretora-executiva do Instituto de Referência Negra Peregum.