Relembre as principais medidas da AGU para promover a diversidade e a inclusão

O Programa de Bolsas Esperança Garcia foi um dos principais destaques das 32 medidas incluídas no Relatório Anual da Assessoria Especial de Diversidade e Inclusão da Advocacia-Geral da União (AGU), apresentado em reunião do Comitê de Diversidade e Inclusão da AGU realizada na manhã desta sexta-feira (14/12), na sede da AGU, em Brasília.

A iniciativa irá conceder bolsas de estudo e cursos preparatórios para advogadas e advogados negros de baixa renda para ingresso nas carreiras da AGU. A princípio serão concedidas 35 bolsas no valor de R$ 3,5 mil, além de mentoria e atendimento psicológico.

“Nós sabemos que a autoestima, que esse acompanhamento diário, faz muita diferença para uma pessoa que desde criança é educada com ‘esse não é o seu lugar’, ‘você não vai chegar a lugar nenhum’, ‘você serve para ser caixa de supermercado’”, observa a assessora Especial de Diversidade e Inclusão, Cláudia Trindade. “Então, o programa Esperança Garcia é disruptivo porque quer mudar essa visão, quer fazer com que as cotas sejam efetivas, que não sejam um teto, mas sim um mínimo de pessoas que a gente tenha dentro da nossa Casa. A sociedade brasileira é composta por quase 60% de pessoas negras, incluindo pardos, e a nossa Casa, que dita as políticas públicas para essas pessoas, ainda não reflete a realidade do nosso país”.

Outra medida destacada pelo relatório foi a inclusão, no concurso para ingresso nas carreiras da AGU que está em andamento, de conteúdos relacionados à promoção da equidade, com questões sobre direitos humanos, indígena, dos idosos, antidiscriminatório e normas antirracistas. “Nós queremos que as pessoas já entrem pensando nesses temas, e eles foram incluídos no edital do concurso e foram cobrados nas provas”, lembrou Cláudia Trindade.

Também foram destacados o projeto da Jurisracial, plataforma gratuita que irá reunir conteúdos jurídicos sobre a temática da equidade racial; a contratação, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de consultorias especializadas em gênero, raça e assédio; a confecção do Guia de Boas Práticas em Igualdade de Gênero; a proposta de implantação do programa AGU Sem Assédio; e as campanhas de sensibilização e capacitações acerca das questões de gênero; entre outras.