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Sustentabilidade
AGU implanta energia solar em mais duas unidades
Painéis solares instalados em prédio da AGU em João Pessoa (PB)
Pioneira na utilização de energia solar fotovoltaica no setor público, a Advocacia-Geral da União (AGU) está expandindo a aplicação da medida sustentável em suas unidades. A experiência bem-sucedida da usina instalada na sede da instituição em Brasília está sendo replicada em duas unidades no Nordeste, em João Pessoa (PB) e Aracaju (SE), pela Superintendência de Administração da 5ª Região (SAD5R).
Com um total de 150 painéis solares, o sistema instalado no prédio da Procuradoria da União na Paraíba (PU/PB), em João Pessoa, entrou em operação em 14 de junho. A previsão é de que o sistema gere entre 10 e 14 megawatts-hora (MWh) mensalmente, resultando numa produção anual de cerca de 146,88 MWh. O custo atual mensal de energia elétrica na PU/PB gira em torno de R$ 3,5 mil e a projeção é que a fatura caia para R$ 38,58.
As outras unidades da AGU em João Pessoa, a Consultoria Jurídica da União e a Procuradoria Federal, serão atendidas via excedente de produção de energia, o que deverá resultar em redução mensal de R$ 2 mil a R$ 4 mil reais nas faturas de energia elétrica das unidades. Com a economia de energia, o investimento de R$ 197 mil feita no sistema fotovoltaico deverá ser recuperado em apenas três anos.
Já o sistema instalado no prédio da Procuradoria da União em Sergipe (PU/SE) é composto por 86 painéis solares e deverá gerar em torno de 5 a 7,8 MWh mensalmente, resultando numa produção líquida anual de cerca de 55,4 MWh, de acordo com estimativas dos engenheiros da SAD5R.
Atualmente, o consumo de energia elétrica mensal da PU/SE gira em torno de R$ 4,2 mil. Quando o sistema estiver em operação, a fatura poderá baixar para R$ 300 – uma economia de R$ 3,9 mil mensais, portanto. A AGU investiu R$ 143,5 mil no sistema, o que significa que em apenas dois anos o valor deve ser recuperado pela economia com a fatura.
“Mas o valor dessas iniciativas vai muito além da economia financeira. O mais importante é o investimento em fontes renováveis de energia que se utilizam de recursos não esgotáveis da natureza”, destaca a superintendente de Administração da AGU na 5ª Região, Lúcia Carvalho. “Somos um país com grande potencial de fontes renováveis, e a radiação solar é apenas uma delas. Precisamos repensar as nossas atitudes para contribuir para um mundo mais sustentável. Em breve, estaremos inaugurando mais duas usinas em unidades da AGU no Nordeste, uma em Natal (RN) e outra em Ilhéus (BA)”, antecipa.
Em franca expansão no país, a potência instalada em usinas solares no Brasil atingiu 14 gigawatts, segundo dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O patamar é equivalente à produção da Usina de Itaipu, a segunda maior do mundo.
Pioneiro
Inaugurado em fevereiro de 2019, o sistema instalado no Edifício-Sede III da AGU em Brasília foi pioneiro no setor público e é responsável por uma redução média de 20% na conta de energia do prédio. Com 840 placas solares, tem capacidade de geração de 281,40 quilowatts pico (KWp), correspondentes à energia gerada no período do dia com maior incidência solar.
A instalação do sistema custou R$ 1,2 milhão, sendo R$ 1 milhão financiado via Programa de Eficiência Energética (PEE), e gera uma economia anual média estimada em R$ 170 mil. Além disso, o funcionamento da usina possibilita uma redução de 230 toneladas na emissão de dióxido de carbono (CO²) ao ano, o equivalente ao plantio de 1.848 árvores.
“A AGU está empenhada com a sustentabilidade de suas instalações e dos processos de trabalho, sendo a ampliação das edificações que contam com placas solares um exemplo claro dessa iniciativa”, acrescenta a coordenadora-geral de Gestão Institucional e Sustentabilidade da AGU, Cristina Sisson de Castro Massini Joenck. “Há projetos para instalação futura de usinas fotovoltaicas em unidades da AGU em Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). Os custos econômicos e ambientais são constantemente acompanhados por meio do Plano de Logística Sustentável que a instituição elabora desde 2012, contribuindo para que medidas sejam tomadas de forma eficaz”, conclui.