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“Vamos apresentar à sociedade boas respostas”, diz coordenador da Mesa de Repactuação de Mariana (MG)
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- Foto: Daniel Estevão/AscomAGU
O coordenador da Mesa de Repactuação no Caso da Tragédia de Mariana (MG), o desembargador do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) Ricardo Rabelo, demonstrou nesta quinta-feira (06/07) confiança de que será possível chegar a um acordo que possibilite a adoção de medidas adequadas de reparação socioambiental dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão, em 2015.
As declarações foram dadas pelo magistrado na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, após o encerramento de três dias de reuniões em que representantes de vários ministérios do governo federal e enviados dos governos estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo discutiram medidas em áreas como meio ambiente, programas de transferência de renda, pagamento de indenizações, saneamento básico, pesca e saúde dos atingidos. Confira abaixo a entrevista com o coordenador da Mesa de Repactuação, que voltará a se reunir para uma nova rodada de discussões em agosto.
1 – Qual balanço é possível fazer desta nova rodada da Mesa de Repactuação de Mariana? Em quais pontos foi possível avançar nas propostas de reparação e compensação?
Acho que avançamos em muitos temas, questões ambientais, questões humanas, e vejo com muitos bons olhos as tratativas que estão acontecendo.
2 – Foi possível perceber um comprometimento maior das partes para se chegar a um conjunto de propostas socioambientais robustas?
Sim, acho que todas as partes estão muito interessadas numa solução amigável. Acho que a União agora realmente se engajou no processo para buscar soluções. Acho que os estados envolvidos também estão comprometidos, assim como as empresas, com seus representantes, perceberam que o melhor caminho para a reparação é essa repactuação feita nestes moldes, com todos presentes, em uma grande conciliação.
3 – Quais os maiores desafios enfrentados nestas discussões sobre repactuação e qual o caminho para superá-los?
Os temas discutidos na repactuação são dificílimos, porque envolvem danos imensos que alcançaram vários territórios e atingiram várias pessoas. Mas, com o passar do tempo, e o apoio das assessorias técnicas de todos os órgãos, de todos os envolvidos, vão ser superados. Acho que estamos em um momento em que é possível vislumbrar uma luz no final do túnel.
4 – Que mensagem o senhor daria para a população afetada pela tragédia que, anos depois, segue aguardando uma devida reparação pelos danos causados?
A mensagem é de que nós vamos concluir o processo desta repactuação de maneira satisfatória, vamos apresentar à sociedade, sobretudo aos atingidos, boas respostas. Estamos alcançando o que o Brasil deseja, que é propiciar a reparação para todos os atingidos pela tragédia do rompimento da Barragem de Fundão. É no diálogo que a repactuação é construída. Sem o diálogo, não haverá repactuação. Ele é o instrumento para conseguirmos um sentimento de justiça em relação a esse trágico acidente.