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Trânsito de animais é discutido em mesa-redonda sobre aftosa em Rio Preto
Uma mesa-redonda realizada na tarde desta sexta (21) na 59ª Expo Rio Preto, em São José do Rio Preto, discutiu a mudança de status do país e de alguns Estados em relação à febre aftosa. O evento foi uma oportunidade para esclarecimento de dúvidas de pecuaristas e técnicos, especialmente sobre o trânsito de animais.
A mesa teve a participação da superintendente federal de Agricultura no Estado de São Paulo, Andréa Moura; do secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Francisco Matturro; e do coordenador de Defesa Agropecuária do Estado, Luís Fernando Bianco. Eles foram recebidos pelo secretário de Agricultura de São José do Rio Preto, Antonio Pedro Pezzuto Júnior.
Andréa Moura, que representa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em São Paulo, reforçou que a mudança de status está ocorrendo por blocos no país. Alguns Estados já conseguiram o status de “livres de aftosa sem vacinação”, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Acre, Rondônia e parte do Mato Grosso e do Amazonas.
São Paulo faz parte do chamado Bloco 4, que mantém o status de “livre de aftosa com vacinação”. “Esse bloco se encontra em processo de substituição da vacinação por outras medidas de vigilância. É bom lembrar que o Brasil não registra nenhum caso de aftosa desde 2006”, afirmou a superintendente.
Fazem parte do Bloco 4, além de São Paulo, os Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Mesmo com o anúncio do Mapa, realizado em maio deste ano, suspendendo a vacinação em alguns desses Estados, não há qualquer restrição de trânsito de animais ou produtos entre os integrantes do Bloco 4.
A superintendente frisou ainda que a doença foi considerada erradicada do Brasil em 2018. “Produtores e profissionais do setor têm um papel essencial no processo de vigilância da doença. Todos devem conhecer e se engajar com as ações de defesa agropecuária em seu Estado, além de contribuir com a arrecadação do fundo indenizatório”, afirmou Andréa.
Esse fundo é uma garantia e uma segurança para os próprios produtores, caso algum foco da doença venha a ser detectado futuramente no país. É dele que sairão os recursos para restituir eventuais prejuízos decorrentes do sacrifício de animais.
Fotos: João Luiz (SAA) e Fabiana Maldonado (SFA-SP)