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SP articula agro e meio ambiente para ampliar controle à gripe aviária
Uma reunião envolvendo o poder público federal e estadual e as instâncias do agronegócio e do meio ambiente deve ocorrer nesta semana em São Paulo. A ideia vem sendo articulada pela Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado (SFA-SP) e pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do governo estadual. O controle sobre a influenza aviária precisa ter acesso a ilhas do litoral paulista para avaliar a situação de aves migratórias. São elas que portam o vírus da gripe e colocam em risco a produção avícola do país.
O assunto foi discutido no dia 20, no gabinete do secretário de Agricultura Antonio Julio Junqueira. O superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em São Paulo, Guilherme Campos, participou da reunião e já agendou um encontro com a superintendente do Ibama no Estado, Perla Muller, para quinta-feira (28).
O Brasil não tem casos de gripe aviária em granjas comerciais. Foram localizadas aves silvestres e de subsistência doentes, o que não compromete a produção e exportação de frango e ovos. O trabalho de monitoramento do poder público tem sido constante e a necessidade de verificar a situação nas ilhas faz parte das medidas de controle.
Na mesma reunião em que trataram sobre a gripe aviária, Guilherme Campos e Junqueira falaram também sobre o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – Sisbi-POA. O governo estadual pretende adotar em todo o Estado o modelo que foi implantado em Itapuí no mês passado. No caso, os municípios poderiam contratar médicos veterinários concursados para seus Serviços de Inspeção Municipal (SIMs) e eles atuariam, por meio de convênios, nos abatedouros estaduais.
De acordo com Luiz Barrochelo, coordenador da Defesa Agropecuária (CDA) do Estado, São Paulo tem 150 fiscais para checar 90 estabelecimentos de abate. Como a norma do Mapa exige presença do fiscal em período integral de abate, o número é insuficiente. “Queremos que os municípios participem por meio de convênios. Isso desafogaria o trabalho do governo estadual, além de valorizar o trabalho de inspeção”, disse Barrochelo. Guilherme ficou de levar a demanda à equipe técnica do Mapa para verificar a possibilidade de adotar o modelo sugerido.
Também participaram da reunião José Luiz Fontes, coordenador de Relações Institucionais da SAA; Paulo Roberto Blandino, gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola; João Gustavo Loureiro, diretor do Centro de Inspeção em Produtos de Origem Animal (CIPOA); e Wander Dias, gerente do Programa Estadual de Inocuidade dos Alimentos (Sisbi).