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Operação Natal retira quase 30 mil litros de azeite suspeito do mercado em SP
O Estado de São Paulo foi o cenário da Operação Natal, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nos últimos dias. Mais uma vez, azeites suspeitos e fraudados estavam na mira dos auditores fiscais federais agropecuários, que buscam retirar do mercado produtos suspeitos, especialmente nesta época do ano quando o consumo costuma aumentar.
O Mapa mantém o Programa Nacional de Prevenção e Combate a Fraudes (PNFRAUDE), coordenado pela Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov). Este departamento é vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), que mantém intensa fiscalização no comércio de azeite de oliva em todo o país e nas importações durante todo o ano.
O trabalho foi intensificado no Estado de São Paulo nessa época de festas natalinas, com o envolvimento do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov), que realizou fiscalizações documentais e coletas de amostras de azeite de oliva em atacadistas, redes de distribuição e supermercados paulistas.
De acordo com o chefe da regional do Mapa em Araraquara, Antonio Colombo, foram coletadas 23 amostras de azeite de diversas marcas comerciais suspeitas. Elas foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiás (LFDA-GO) para análise de identidade e qualidade.
Ao mesmo tempo foram fiscalizadas 12 empresas distribuidoras de azeite, de onde foram apreendidas 47.107 unidades de azeite de oliva de 500 ml e 1.223 galões de 5 litros, totalizando 29.217,5 litros por suspeita de fraude. Segundo o servidor, a maioria dos importadores e envasadores é clandestina, pois não tem registro no Cadastro Geral da Classificação Vegetal do Mapa ou não existem os endereços apresentados nas embalagens ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Receita Federal.
A maior parte dos produtos apreendidos cautelarmente já possui laudos analíticos como desclassificados, ou seja, estão impróprios para o consumo humano e serão destinados à reciclagem como biodiesel. A equipe do Mapa aguarda o resultado das amostras ainda em análise. Os azeites mais comuns encontrados no comércio são os tipos Extra Virgem, Virgem e Único e a fraude mais comum é a mistura com óleos vegetais que podem chegar a até 100% do conteúdo da embalagem.
“Ao comprar azeite de oliva, o consumidor deve ficar atento ao preço muito abaixo da média, aos produtos envasados por empresas desconhecidas e acompanhar sempre nos sites do Mapa e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as marcas comerciais divulgadas como fraudadas", disse Colombo.