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CONTAMINAÇÃO DE PETISCOS
Indústrias de insumos para alimentação animal são orientadas sobre rastreabilidade de produto
Associações que reúnem indústrias de insumos, alimentos e produtos destinados a animais participaram na tarde desta terça-feira (13) de uma reunião virtual com o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa). Na ocasião, foram repassadas informações sobre a necessidade de indicação dos lotes de propilenoglicol existentes nos estoques dos fabricantes de produtos para alimentação animal e mastigáveis em geral, visando cumprir a exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) feita na sexta, dia 9.
O propilenoglicol foi o ingrediente recentemente identificado como fraudado nos petiscos caninos suspeitos de serem responsáveis pela intoxicação e morte de mais de 50 cães em diversos Estados do Brasil. O Mapa também determinou que as empresas façam análises nesses ingredientes existentes em estoque, indicando sua procedência e rastreabilidade.
No mesmo dia, o Mapa reforçou a divulgação de que o propilenoglicol é um produto de uso permitido na alimentação animal, desde que seja adquirido de empresas registradas. As investigações que estão sendo realizadas são relacionadas a uma possível contaminação do propilenoglicol por monoetilenoglicol, oriundo de empresa sem registro.
O Mapa informou que até o momento, as investigações ainda não determinaram a origem do aditivo utilizado. O ministério não orientou a suspensão do uso de produtos que contenham propilenoglicol na sua formulação. Após o recebimento das informações solicitadas no dia 9, será possível constatar quais lotes de produtos podem estar contaminados.
As indústrias devem indicar os lotes de produtos acabados em estoque e já distribuídos que tenham utilizado propilenoglicol em sua composição, incluindo a porcentagem utilizada. Em caso de resultado não conforme, as empresas devem realizar o recolhimento dos produtos e informar ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) de sua regional.
COMITÊ DE CLIENTES
Em São Paulo, 34 entidades representativas do agro fazem parte do Comitê de Clientes da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP), que representa o Mapa no Estado. Todos os meses essas associações, conselhos e sindicatos que representam indústrias e profissionais do setor se reúnem para troca de informações, apresentação de demandas e esclarecimento de dúvidas.
Com a ocorrência envolvendo os petiscos, o próprio Comitê de Clientes solicitou que o tema fosse discutido na reunião deste mês. Além de reforçar aos participantes que o propilenoglicol é seguro, desde que tenha procedência de empresa registrada, o Mapa esclareceu dúvidas sobre as análises exigidas, a metodologia que deve ser aplicada e em quais laboratórios os produtos podem ser analisados.
Vários participantes elogiaram a agilidade e o empenho do ministério nas investigações. “Equipes do Mapa tem trabalhado de forma intensiva, dia e noite, para acelerar a apuração e evitar mais mortes”, disse a superintendente Andréa Moura.