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Estratégias de sanidade vegetal dos sete países do Cosave são discutidas em São Paulo
Começou na manhã desta segunda (27) a reunião do Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave) em São Paulo. Sete países que integram o colegiado estão participando do encontro que continua até quarta (29). Na abertura dos trabalhos, cada país fez seus informes sobre situações novas envolvendo a sanidade vegetal. O Brasil comunicou o comitê sobre as medidas adotadas para conter o avanço da praga quarentenária Bactrocera carambolae (mosca-da-carambola) nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima.
O Cosave é formado por sete países: Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai, Paraguai, Peru e Chile. Os informes considerados relevantes pelo colegiado são discutidos durante o encontro, de acordo com Edilene Cambraia Soares, diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), que representa o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no encontro.
“Informamos a eles todas as providências já tomadas pelo ministério para que o problema seja sanado, já que essa praga pode levar a fechamento de mercados”, explicou Edilene. O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo.
Neste ano, o Cosave se reuniu presencialmente em Montevideu, em março, e em Buenos Aires, em setembro. Também ocorreram duas reuniões virtuais, em maio e setembro. O encontro desta semana é o 110º do Comitê.
Outra novidade anunciada na reunião foi a apresentação de uma resolução indicando que o Cosave tenha sede definitiva em Buenos Aires. Atualmente a sede muda a cada dois anos, dependendo do país que assume a presidência. Essas mudanças dificultam a gestão, pois documentos físicos precisam ser transportados com certa frequência entre os países membros. “A história institucional fica prejudicada com essas movimentações. Além disso, uma sede fixa facilitaria muito o trabalho do secretariado, é uma garantia de continuidade”, disse.
O superintendente substituto de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo, Danilo Kamimura, recepcionou os participantes e falou da importância de uma reunião como essas ocorrer em São Paulo. “Decisões importantes para a sanidade vegetal de toda a região do cone sul são tomadas nesses encontros, além de ser uma oportunidade de integração entre o bloco”, afirmou.
Segundo Danilo, pensar e trabalhar de forma integrada entre os países é fundamental para a manutenção do status fitossanitário regional. Daí a existência da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF), função exercida no Brasil pelo DSV. “Nossas fronteiras terrestres são extensas e as informações estratégicas para a proteção fitossanitária regional apresentadas nessa reunião são essenciais para a tomada de decisões”, afirmou.
Também representou o Mapa no encontro o engenheiro agrônomo Luiz Copati, da Divisão de Suporte a Organismos Internacionais. No ambiente do Cosave, Copati é o ponto focal do Brasil.
Texto: Ana Maio
Fotos: Neyde Dantas