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No Paraná, Superintendente do Mapa participou de evento que debateu o agro e a sustentabilidade
Summit “Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade”
O superintendente de Agricultura e Pecuária do Paraná (SFA/PR), Cleverson Freitas, participou, na última quarta-feira (01/11), do “Summit Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade”, promovido pelo jornal Gazeta do Povo, no auditório da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba/PR.
Cleverson destacou que iniciativas como essa do jornal Gazeta do Povo são de extrema importância para o setor agropecuário, porque contribui para fortalecer a imagem do Brasil como um país que produz muito e que também preserva o meio-ambiente. “Temos a agropecuária mais sustentável do mundo, mas precisamos divulgar cada vez mais as ações realizadas no Brasil para que nossa imagem seja revertida. Desde a década de 70, quando importávamos alimentos, passamos por uma revolução agropecuária e hoje somos um dos players mais importantes no mercado mundial”, destacou.
O evento, voltado para lideranças do setor, contou com a participação do governador do estado do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e representantes de órgãos federais, das secretarias estaduais e entidades empresariais.
Na abertura do evento, Ratinho Junior afirmou que o Paraná reúne todas as condições de alimentar o mundo, devido a sua posição estratégica favorável, seja com o resto do país ou com os países da América do Sul. “O Paraná é uma potência na exportação e pode, com a produção de alimentos que já tem, se tornar o supermercado do mundo", falou o governador.
Em seguida, foi formado o primeiro painel de debate que teve como tema “Os Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná", com a participação do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, do secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, e do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.
Norberto Ortigara iniciou o painel destacando que “produzir alimento é nosso negócio principal, e provavelmente o que nos trouxe até aqui não será suficiente para a gente dar um novo salto em quantidade e qualidade, por isso o esforço de trazer nossa agricultura para um modelo cada vez mais sustentável”.
Depois, o secretário de Agricultura elencou os projetos e iniciativas do Paraná que visam alcançar esse modelo mais sustentável de produção, como o Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ PR), que tem como desafio reduzir a emissão de gases de efeito carbono a partir de algumas atitudes, como a recuperação de 351 mil hectares de áreas de pastagens degradadas até 2030; ações de melhoria de plantio direto de 400 mil hectares em grãos e em 4 mil hectares o plantio direto de hortaliças; a integração de lavoura, pecuária e floresta (ILPF) que deve alcançar 500 mil hectares. Esse método possibilita a diversidade de culturas consorciando-se em uma mesma área. Também deve-se aumentar em 430 mil hectares o uso de bioinsumos, além de alcançar mais 48 mil hectares em sistemas irrigados. A meta é, ainda, reforçar em 220 mil hectares as florestas plantadas no Estado.
O secretário Norberto destacou ainda o reforço no trabalho de conservação de solo em microbacias e a parceria com entidades privadas no intuito de estabelecer parâmetros de manejo conservacionista integrado de solos e água.
Já o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, outro painelista, reforçou que o Paraná é um estado que produz muito e preserva muito. “33% do território paranaense é destinado à agricultura anual, vindo a seguir as florestas nativas, com 29%”, citou Bernardo Jorge.
O segundo painel de debate intitulado “O Futuro do Hidrogênio Renovável no Paraná” contou com a participação do secretário estadual do Planejamento, Guto Silva, do consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) no Paraná, Rodrigo Régis, e do fundador da Lean 4.0 e doutor em engenharia pela Universidade Técnica de Berlim, Rodrigo Pastl.
Guto Silva falou que o Paraná tem toda condição de liderar a questão de transição energética no mundo, porque está olhando o hidrogênio como o combustível dessa nova era. “As pesquisas apontam que esse hidrogênio, a grande força matriz, será oriunda de biogás e biomassa, da qual o Paraná, pela nossa produção de frango, suíno e cana-de-açúcar, tem condições de liderar, visto o volume de biomassa e biogás, gerado no Estado. É nessa cadeia que estamos apostando”, afirmou.
*Com informações da Agência Estadual de Notícias do Paraná
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Maria Paraguaçu
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